Difícil de engolir: três fatos que não fazem sentido em Vai na Fé
28/07/2023 às 18h42

Vai na Fé termina com saldo positivo, apesar de alguns deslizes. A trama das sete da Globo apresentou situações que não faziam sentido.
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Ao longo dos quase sete meses em que a história permaneceu no ar, a autora Rosane Svartman tomou algumas decisões equivocadas sobre os rumos da trama, difíceis de engolir.
Theo imbatível

Emilio Dantas como Theo em Vai na Fé (Reprodução / Globo)
Desde o início do folhetim, Theo (Emilio Dantas) cometeu uma série de atrocidades. Ele perseguiu Sol (Sheron Menezzes), contrabandeou produtos por diversas vezes junto com Orfeu (Jonathan Haagensen), superfaturou mercadorias e nada aconteceu.
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O vilão chegou a ir para o banco dos réus, acusado de violência sexual, mas saiu pela porta da frente do tribunal, inocentado.
É certo que estamos no Brasil – onde reina a impunidade – e o malvado da história não podia ter um desfecho ruim antes do final da novela.
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Mas Theo deveria ter se dado mal em algum momento, algo que nunca aconteceu. Pelo contrário: o crápula passou a história toda triunfante.

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Romance dos quase irmãos

José Loreto (Lui) e Carolina Dieckmann (Lumiar) em Vai na Fé (Reprodução / Globo)
Outro deslize foi o romance desnecessário entre Lui Lorenzo (José Loreto) e Lumiar (Carolina Dieckmann). Após descobrir que não era filho de Fábio (Zé Carlos Machado), como Wilma (Renata Sorrah) sempre sustentou, o cantor tomou outro rumo.
Lui se apaixonou por Lumiar, que até então era sua meia irmã. Obviamente, a autora quis deixar o caminho livre para Sol e Ben (Samuel de Assis) ficarem juntos, mas será que não tinha outro jeito? O interesse soou pouco crível.
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Justificativa furada

Samuel de Assis (Ben) e Sheron Menezzes (Sol) em Vai na Fé (Reprodução / Globo)
No passado, Sol e Ben não ficaram juntos por uma série de desencontros. Mas uma das justificativas ficou difícil de engolir. Na época, a mocinha era conhecida como a princesinha do baile e dava a maior dor de cabeça aos pais.
A explicação para o romance dos dois ter dado errado é que Sol não tinha coragem de assumir Ben para a família por medo, o que não se justifica.
Assim como é atualmente, Ben já se apresentava na juventude como um bom partido, um rapaz correto, de boa família e educado, com tudo para formar uma família. Tanto é que Marlene (Elisa Lucinda) ficou encantada ao conhecê-lo depois de anos…
Então, não faz sentido Sol ter escondido Ben por medo. Para embarcar na história, só usando o argumento de Gloria Perez de que devemos “voar”.
Vai na Fé chega ao fim com muito mais acertos do que erros e boa parte destes poderiam ter sido evitados.