Silvio Santos careca, ator enterrado vivo e mais: 5 lendas da TV brasileira

08/01/2022 às 15h50

Por: Thell de Castro
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Silvio Santos careca, ator enterrado vivo, Cid Moreira de bermuda e muito mais. A televisão brasileira é cheia de histórias que se tornaram populares com o passar dos anos, mas não passam de lendas urbanas.

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Confira 5 exemplos na lista:

Câmera quebrada

Assis Chateaubriand

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A primeira surgiu logo no primeiro dia de funcionamento da televisão brasileira. Em 18 de setembro de 1950, Assis Chateaubriand (1892-1968) teria quebrado uma garrafa de champagne numa das duas câmeras da TV Tupi durante a inauguração da emissora. Além disso, muita gente fala que após o espetáculo inaugural, a equipe percebeu que não havia preparado nada para colocar no ar no dia seguinte.

Então diretor artístico do primeiro canal brasileiro, Cassiano Gabus Mendes (1929-1993) jurava que nada disso era verdade.

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“É tudo invenção do Lima Duarte. Como ele é muito engraçado, as pessoas acabavam se convencendo”, declarou em 1993.

De acordo com o profissional, a emissora contava com grade de programação para três semanas e seu proprietário não seria louco de danificar um equipamento importado caríssimo em plena inauguração.

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Silvio Santos careca

Alguns anos depois, em 1971, surgiu outra história: Silvio Santos, então no auge como animador de auditório nos domingos da Globo, seria careca. A revista Melodias, inclusive, publicou uma foto exclusiva de Silvio dessa forma.

Mas tudo não passou de uma montagem, destinada a salvar a publicação, que vivia uma crise financeira. O veículo era dirigido por Plácido Manaia Nunes (1934-2007), criador do Troféu Imprensa e amigo de longa data do apresentador.

O mito sobre os cabelos de Silvio permanece até os dias atuais, sendo revivido, há alguns anos, quando Maisa Silva teria puxado a peruca do apresentador.

Ator enterrado vivo

Pouco depois disso, em 18 de agosto de 1972, morria Sérgio Cardoso (1925-1972), um dos principais nomes do teatro e da televisão naquela época. Ele tinha 47 anos e sofreu um ataque cardíaco. A morte do ator, que vivia o protagonista da novela O Primeiro Amor, da Globo, comoveu o Brasil. Mais de 15 mil pessoas compareceram ao seu enterro, no Rio de Janeiro (RJ).

Em seguida, surgiu um boato, repercutido em toda a mídia brasileira, de que Cardoso sofria de catalepsia, uma doença rara que deixa os membros rígidos por horas, como se a pessoa estivesse morta.

Por causa disso, o ator teria sido enterrado vivo. A família sempre desmentiu essa história e garantiu que ele morreu de ataque cardíaco. O caixão, inclusive, nunca teria sido aberto – outra versão da história dizia que o corpo de Cardoso estava virado de bruços, com arranhões no rosto.

“Ninguém tem dúvida, nem os médicos, nem a família. O resto do público eu espero que não tenha mais”, disparou a atriz Nydia Licia (1926-2015), esposa do ator, em entrevista ao Fantástico, em 1979.

Cid Moreira de bermuda

Lendário apresentador do Jornal Nacional entre 1969 e 1996, Cid Moreira aparecia diariamente na televisão de paletó, mas usaria bermuda por trás da bancada. Essa é outra história frequentemente difundida pelo público e pelos meios de comunicação, inclusive programas humorísticos, nos anos 1980 e 1990.

Cid jura que isso aconteceu somente uma vez, durante o Carnaval.

“Me atrasei por causa de um temporal e não deu tempo de passar na minha casa para me compor. Então fui daquele jeito e só usei o paletó que tinha lá no armário. Camisa, gravata e tal. Foi um sufoco. Até hoje eu sonho com isso”, declarou o locutor em vídeo publicado no Instagram.

Atentado interrompeu Dragon Ball Z

11 de setembro

Outra lenda urbana da televisão brasileira é mais “recente”. Em 11 de setembro de 2001, o plantão da Globo informando que o primeiro avião bateu no World Trade Center teria interrompido um dos principais momentos do desenho Dragon Ball Z.

Apesar de muita gente jurar que o fato é verdadeiro – o que é conhecido como “efeito Mandela”, quando um grupo de pessoas tem certeza de algo, mas não passa de uma memória falsa –, o desenho não era exibido no momento do acontecimento.

De acordo com relatórios do Ibope da época, descobertos pelo jornalista Diogo Cavalcante, de Recife (PE), a Globo exibia outra animação: Garrafinha.

Dragon Ball era exibido diariamente após às 11h e o primeiro plantão foi ao ar às 10h.

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