Longe da Globo, atriz de O Rei do Gado leva vida agitada aos 80 anos
08/05/2023 às 17h13
De volta às telinhas com a terceira reprise de O Rei do Gado (1996), no Vale a Pena Ver de Novo, Ana Rosa interpreta Rosa, a mulher do senador Caxias (Carlos Vereza). Mãe da jovem Liliana (Mariana Lima), ela é uma mulher frustrada e acredita que o marido é “honesto demais”.
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Veterana da televisão brasileira e recordista em aparição em novelas, Ana Rosa está com 80 anos e segue esbanjando saúde. Ela leva uma vida bastante agitada.
Dividida entre Brasil e Portugal
Divulgação / Globo
Ana Rosa revelou há alguns anos que se divide entre Brasil e Portugal, onde vive parte de sua família. Ela costuma passar temporadas de três meses em cada país, mantendo assim sua rotina de trabalho.
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“Eu tenho muitas saudades de Brasil. Vivo lá e cá… Não me mudei definitivamente porque os filhos e netos estão espalhados entre Rio, São Paulo e Porto (Portugal). Gosto de passar uma temporada em cada lugar e isso me permite estar com todos”, revelou ao Gshow.
A atriz se dedica ao canal Atriz Ana Rosa no YouTube desde 2020. Atualmente, ela está em cartaz com o espetáculo teatral Violetas na Janela.
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Tragédia pessoal
Divulgação / Globo
O Rei do Gado marcou o retorno da atriz às novelas após uma fase difícil em sua vida pessoal. Na época em que foi convidada para o folhetim, Ana Rosa tinha acabado de perder a filha Ana Luísa, vítima de um atropelamento no Rio de Janeiro.
Essa tragédia deixou a atriz abaladíssima. Tanto que ela só aceitou o papel após muita insistência do diretor Luiz Fernando Carvalho.
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“Tinha que sair de casa, ensaiar, decorar e ver as pessoas. Isso foi muito bom pra mim, para lidar com os primeiros meses da falta da Aninha.”, disse ao Gshow, em 17 de junho de 2021.
Atriz recordista em novelas
Reprodução / IMDB
Ana Rosa é considerada uma recordista em participação em novelas. Em 1997, ela entrou para o Guinness Book ao ser considerada a atriz que mais fez telenovelas no mundo todo.
A atriz só descobriu o recorde através do pesquisador Ismael Fernandes, autor do livro “Memória da Telenovela Brasileira”. Na época, ela já contabilizava 47 produções no currículo. Por isso, foi incentivada a reivindicar o seu título que mantém até hoje.
“Para entrar no Guinness, tive que comprovar com reportagens e duas pessoas idôneas, que acompanharam e pudessem provar que eu realmente tinha feito aquelas novelas”, disse a artista ao UOL em 10 de outubro de 2016.
Ela ainda explicou que as testemunhas foram o ator Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006) e a dramaturga Ivani Ribeiro (1922-1995) e ainda explicou como funcionavam as novelas nas suas primeiras décadas.
“No começo, as novelas duravam só dois meses, tinham 40 capítulos. Logo que entrei na Tupi, trabalhei oito anos direto, sem tirar férias. Fazia três novelas por ano. Depois que as novelas começaram a ficar maiores. A primeira mais longa que eu fiz foi Beto Rockfeller, depois veio Mulheres de Areia e as outras já vieram mais longas, mas no começo Alma Cigana, Se o Mar Contasse, Quem Casa com Maria, Os Irmãos Corsos foram novelinhas curtas”, relembrou na entrevista.
Carreira
Divulgação / Globo
Ana Rosa estreou na televisão em 1964, na novela Alma Cigana, exibida pela TV Tupi, emissora que ficou até o final dos anos 1970. Ali, integrou o elenco de novelas de sucesso como Beto Rockfeller (1968), além das primeiras versões de Mulheres de Areia (1973), A Viagem (1975), O Profeta (1977), todas escritas por Ivani Ribeiro e que ganharam novas versões na Globo entre os anos de 1990 e 2000.
Mais tarde, a atriz migrou para o SBT, onde fez algumas novelas na década de 1980. Ela também participou de algumas produções da extinta TV Manchete antes de chegar à Globo.
Na líder de audiência, Ana Rosa estreou no programa Caso Verdade (1986). Depois, emplacou inúmeros trabalhos vitoriosos, como a minissérie Riacho Doce (1990), Suave Veneno (1999), O Beijo do Vampiro (2002), Kubanacan (2003) e Senhora do Destino (2004).
A intérprete também passou uma temporada na Record, onde esteve no elenco das novelas Essas Mulheres (2005), Prova de Amor (2006), Bicho do Mato (2006) e Caminhos do Coração (2007).
De volta a emissora da família Marinho, Ana Rosa ainda fez Três Irmãs (2008), Morde & Assopra (2011), Fina Estampa (2011), Boogie Oogie (2014), A Lei do Amor (2016) e a série A Fórmula (2017), seus mais recentes trabalhos na televisão.
