Musa mudou tudo em programa na véspera de ir ao ar: “Não agradou”
10/09/2023 às 14h54
Sem contrato com nenhuma emissora, Angélica reapareceu recentemente na tela da Globo em participação no Criança Esperança, ao lado de Xuxa e Eliana. Os fãs das três loiras foram à loucura com o encontro, já que elas eram tidas como rivais nos anos 1990.
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Naquela época, Angélica estava em plena transição profissional, trocando a Manchete pelo SBT. Em 1993, ela se lançou no canal de Silvio Santos com o infantil Casa da Angélica, que passou por um verdadeiro perrengue em seus bastidores. Sua estreia na nova emissora chegou a ser adiada porque a família da apresentadora pediu a cabeça do primeiro diretor da atração e reivindicou mudanças no formato.
Assim, a atração que estrearia em 2 de agosto de 1993, acabou indo ao ar apenas uma semana depois, no dia 9. Isso provocou uma grande correria para que tudo estivesse novamente pronto até a nova data.
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Com o adiamento, a emissora programou a Sessão Desenho com a Vovó Mafalda e o TV Animal para taparem buraco na faixa entre 15h e 16h30, horário reservado para o programa da loira.
Bastidores tensos
Prestes a entrar no ar, Casa da Angélica foi palco de uma confusão em seus bastidores envolvendo um dos “Angélicos” – como eram chamados os assistentes de palco da famosa – e um anão que participara de uma das gravações. Eles teria chegado a se agredir, de acordo com informações do Jornal do Brasil em 31 de julho daquele ano.
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Também se especulou que a família da apresentadora, nas figuras de sua mãe Angelina e irmã Márcia, detestaram o formato criado pelo diretor Rogério Gallo. Com isso, o profissional acabou demitido.
Comentava-se, na época, que os familiares da moça conhecida pela sua pinta nas pernas queriam fazer uma “Xuxa cover”, conforme disse um integrante da equipe do formato ao periódico. Já o diretor demitido queria ir por outro caminho.
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Reprovado
Uma segunda hipótese do adiamento apontava uma suposta baixa qualidade dos pilotos gravados. Foram feitas três gravações prévias e, de acordo com o JB, o resultado “não agradou” ao superintendente artístico do SBT da época, Luciano Callegari, que demitiu toda a equipe e começou tudo do zero há uma semana da estreia.
O desejo da emissora, conta-se, era mudar totalmente o que ela já havia feito na TV da família Bloch. Mas, diante das exigências, existia o temor de ser realizado um programa velho em um cenário novo e moderno, exatamente o que aconteceu.
https://www.youtube.com/watch?v=LHD6VDIznZ0
Mais do mesmo
Após a estreia, o jornal O Globo criticou o novo projeto e o acusou de ser uma mistura do Clube da Criança e o Milk-Shake, atrações que a apresentadora comandou em sua antiga emissora.
O formato apresentava dramaturgia, com Angélica interpretando diversos papéis cômicos em sátiras de atrações televisivas. Mas também haviam as inevitáveis competições entre crianças, música e desenhos, fórmula da grande maioria dos infantis do período.
Passando por diversas reformulações, entre formato, duração e horário de exibição, o programa durou pouco menos de três anos. A atração chegou ao fim em 1996, quando Angélica acertou sua transferência para a Globo.