Amor Perfeito é inédita ou reprise? Conheça a história da novela

20/03/2023 às 16h48

Por: André Santana
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Bob Paulino / Globo

Escrita por Duca Rachid, Júlio Fischer e Elisio Lopes Jr., Amor Perfeito é a nova novela das seis da Globo. Trata-se de uma trama inédita, mas que é livremente inspirada num clássico da literatura mundial: Marcelino Pão e Vinho, de José María Sánchez Silva.

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Bob Paulino / Globo

No entanto, os autores transportaram o dramalhão europeu para as Minas Gerais das décadas de 1930 e 1940, fazendo de Amor Perfeito um melodrama romântico de cores bem brasileiras.

Por meio da busca de Marcelino (Levi Asaf) por sua mãe, a trama contará uma história de amor cheia de reviravoltas e que busca retratar a diversidade cultural do Brasil.

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Qual é a história de Amor Perfeito?

Amor Perfeito - Mariana Ximenes

Paulo Belote / Globo

Amor Perfeito conta a história de Maria Elisa, a Marê (Camila Queiroz), uma estudante de Administração que se apaixona por Orlando (Diogo Almeida), um médico recém-formado. Ambos são de Minas Gerais, mas se conhecem em São Paulo, onde a mocinha estuda. Eles viverão uma paixão fulminante, mas cheia de percalços.

O grande empecilho deste romance é Leonel Rubião (Paulo Gorgulho), o pai de Marê, que quer que ela se case com Gaspar (Thiago Lacerda), filho de Anselmo (Paulo Betti), o prefeito de Águas de São Jacinto. Leonel acredita que esta união será benéfica para seus negócios na cidade.

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O que o empresário não sabe é que Gaspar é amante de Gilda (Mariana Ximenes), sua esposa. A megera, na verdade, tem a intenção de dar um grande golpe e ficar com toda a fortuna do marido. Para isso, ela vai assassinar Leonel e jogar a culpa em Marê, que acaba presa injustamente.

Sem notícias da amada, Orlando acredita que foi abandonado e vai embora para o Canadá. Já a mocinha, na cadeia, descobre que está grávida de seu grande amor. Marê tenta fugir, mas dá à luz durante a fuga e tem seu filho tirado dela.

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Depois, ela acaba retornando para a prisão, enquanto seu herdeiro, batizado de Marcelino, é deixado na Irmandade dos Clérigos de São Jacinto, onde será criado por freis e padres.

Em que ano se passa Amor Perfeito?

Amor Perfeito - Levi Asaf

Paulo Belote / Globo

Amor Perfeito é dividida em duas fases. A trama começa em 1934, ano em que Marê e Orlando iniciam sua história de amor cheia de reviravoltas e desencontros. Gilda acaba atravessando este amor ao colocar em prática seu plano diabólico. Após assassinar Leonel, a vilã consegue comprar testemunhas e jogar a culpa do crime em Marê.

Logo depois, a novela dá um salto de oito anos, chegando à 1942, quando começa a segunda fase do enredo. Nesta nova etapa, Marcelino tem oito anos e passa a vida fazendo estripulias na Irmandade, deixando os padres de cabelo em pé. Enquanto isso, Marê é auxiliada pelo advogado Julio (Daniel Rangel). Ela sairá da prisão e vai fazer de tudo para reencontrar Marcelino e se vingar de Gilda.

“Temos o desejo de que seja uma novela brasileira, com uma história universal, que além de amor, trata de fé, empatia e solidariedade, num Brasil que sempre existiu, mas permanece desconhecido por parte do grande público. Um Brasil com cores, formas e culturas diversas”, explicou o autor Elísio Lopes Jr.

Onde foi gravada Amor Perfeito?

Amor Perfeito - Ana Cecília Costa e Daniel Rangel

Fábio Rocha / Globo

A trama de Amor Perfeito se passa na fictícia Águas de São Jacinto, um charmoso município do interior de Minas Gerais, próximo à divisa com a Bahia. O local é conhecido por conta das águas termais, atraindo muitos turistas que se hospedam no Grande Hotel Budapeste, do empresário Leonel Rubião.

Para representar este local, a equipe de Amor Perfeito realizou externas em Caxambu, Baependi e São Lourenço, cidades mineiras que integram o chamado Circuito das Águas. Estes locais também serviram como base de referência arquitetônica e artística para criar a cidade cenográfica que representa Águas de São Jacinto, nos Estúdios Globo.

Um dos atrativos da cidade é a fonte próxima ao Grande Hotel Budapeste, que é inspirada numa obra de Caxambu.

“Criamos uma identidade própria, sem perder de vista as referências do período que estamos tratando na novela. O Parque das Águas de Caxambu foi uma grande inspiração e construímos uma fonte que remete às existentes lá para reforçarmos esse elemento água, que está tão presente na nossa dramaturgia”, destaca o arquiteto e cenógrafo Mauro Vicente, responsável pela cenografia.

“É uma cidade ficcional, sim, mas não é uma cidade fantasiosa. É uma cidade que bebe muito da realidade que a gente absorveu em pesquisa. Temos referências quase absolutamente desconhecidas da nossa chamada elite intelectual”, explicou o autor Júlio Fischer.

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