Perigo: Vai na Fé emperra com tramas que andam em círculos
15/03/2023 às 18h43
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A curva de audiência ascendente de Vai na Fé mostra que a atual novela das sete da Globo caiu nas graças do público. No entanto, isso não quer dizer que a trama de Rosane Svartman seja perfeita.
Reprodução / GloboNos mais recentes capítulos, a história parece emperrada e começa a andar em círculos, o que prejudica seu desenvolvimento.
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Desde a morte de Carlão (Che Moais), os protagonistas parecem engessados. A história de Sol (Sheron Menezzes) passou semanas no mesmo lugar, enquanto Lui Lorenzo (José Loreto) foi colocado num plot chatíssimo que só fez aborrecer o público.
Mocinha em compasso de espera
Sol já fez de tudo em Vai na Fé. A heroína começou a história como vendedora de marmitas, mas conheceu o sucesso ao se tornar dançarina do cantor Lui Lorenzo. No entanto, sua religião e seus conflitos familiares não permitiram à mocinha ascender na carreira.
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A morte de seu marido Carlão, neste contexto, abriria uma importante possibilidade dentro de sua trajetória. Afinal, a viuvez da protagonista criaria mais uma oportunidade para que ela voltasse ao funk para conseguir dar conta das despesas domésticas.
E não só isso… Com Carlão saindo de cena, Lui Lorenzo veria o caminho livre para conquistar a dançarina, por quem se apaixonou verdadeiramente. Além disso, o acidente que matou Carlão colocou Sol no caminho de Ben (Samuel de Assis), seu grande amor do passado.
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Ou seja, são vários caminhos abertos para movimentar Sol. Porém, ela pouco se mexeu nas últimas semanas. A jovem seguiu evitando Ben, ao mesmo tempo em que se manteve longe de Lui. A mocinha de Vai na Fé não saiu do lugar desde a morte do marido.
Sagrado Masculino
Enquanto isso, Lui foi inserido numa trama que era para ser de comédia, mas que não arrancou um sorriso amarelo. Preocupado com a perda de sua “masculinidade”, o cantor se uniu a um grupo de homens intitulado Sagrado Masculino, que partiu para a pousada de Fábio (Zé Carlos Machado) numa espécie de retiro.
O plot serviu para promover a reaproximação de Lui e Fábio, que é o pai do cantor, mas não saiu disso. No mais, foram capítulos e capítulos a fio mostrando um grupo de homens fazendo tolices, como lutar na lama e capturar animais.
Não é à toa que Lui foi alvo de críticas nos grupos de discussão de Vai na Fé. José Loreto está ótimo no papel, bem entendido, mas o personagem caiu numa repetição chata. Lui é chorão e mimado. Bem complicado torcer por ele…
Boa novela
No geral, Vai na Fé é uma novela acima da média. A trama é leve, divertida, com boas sacadas e diálogos inteligentes. No entanto, ainda está muito cedo para ela cair na armadilha de começar a se repetir. Há várias tramas no stand by e, portanto, esta pequena barriguinha dos recentes capítulos não se justifica.
Rosane Svartman está preparando o terreno para fazer a história principal ascender. Sol e Ben, em breve, devem retomar a história interrompida no passado, ao mesmo tempo em que Theo (Emilio Dantas) assumirá a vilania de uma vez por todas, tornando-se o grande empecilho deste amor.
É uma trama promissora. Contudo, se a autora continuar enrolando, vai ficar difícil esperar por ela.