Sem chance: Globo engavetou minissérie que teria Regina Duarte
07/03/2023 às 8h54
Nesta segunda (06) chegou ao Globoplay mais um sucesso da televisão brasileira: a minissérie Chiquinha Gonzaga. Exibida pela Globo em 1999, a obra narrou a trajetória da compositora, instrumentista e maestrina Francisca Edviges Neves Gonzaga, num período que compreende os anos de 1863 e 1877.
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A trama colocou Regina Duarte (foto acima) e a filha Gabriela Duarte no papel da consagrada musicista, algo que poderia ser repetido em um novo projeto da emissora. A produção foi ventilada na mídia com previsão de ir ao ar na primeira metade dos anos 2000, mas nunca saiu do papel.
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Minissérie histórica
A Imperatriz do Café era o título da minissérie apresentada por Regina Duarte para ser produzida e exibida pelo canal no começo de 2004.
A trama, que se passaria no ano de 1848, período da queda da monarquia na França, era baseada no romance O Lírio e a Quimera, escrito pelo ex-adido cultural francês Romaric Büel (foto acima). Ela misturava ficção e realidade para narrar a história de uma nobre francesa que, aos 17 anos, apaixona-se por um fazendeiro brasileiro que está em Paris a negócios.
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Após ficar órfã do tio, a jovem decide enfrentar uma longa viagem até ao Brasil para ficar ao lado do seu grande amor. Chegando em nosso país, ela é bem recebida pelo Imperador Dom Pedro II. É nesse painel histórico que iríamos acompanhar a ascensão da personagem na corte brasileira, do respeito e amizade que ela inspira, mesmo sendo uma mulher solitária.
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Projeto pré-aprovado
De acordo com o jornal O Globo, em 20 de abril de 2003, o projeto levado pela veterana à direção artística da Globo já se encontrava, na ocasião, pré-aprovado, o que deixou a artista bastante entusiasmada com a possibilidade de atuar ao lado da filha novamente.
“Estou empolgadíssima. A previsão é de que o projeto venha a ser contemplado na grade em janeiro de 2004. O formato é o de uma linda história de amor com pano de fundo histórico, misturando personagens reais e ficcionais, como foi o caso de Chiquinha Gonzaga e agora, de A Casa das Sete Mulheres. Estes projetos têm em média, 40, 50 capítulos”, disse Regina Duarte (na foto acima em Chiquinha Gonzaga).
No entanto, o canal anunciou que naquele ano não levaria ao ar outra produção do gênero e que a trama, que iria ocupar a faixa dedicada às minisséries, só seria escolhida em setembro do mesmo ano.
Outra obra que também estava cotada era O Capitão Mouro, uma adaptação de Maria Adelaide Amaral do livro “A Incrível e fascinante história do Capitão Mouro”, de Georges Bourdoukan, que contava a história de um marroquino que teria sido responsável pela arquitetura das fortalezas de Palmares, em Alagoas, no século XVII.
Gravações no interior
Caso fosse escolhida, A Imperatriz do Café contaria com cenas em território francês. A ideia era que sequências do folhetim também fossem gravadas na cidade de Vassouras, interior do estado do Rio, por ser um local onde ainda existem muitas fazendas de café do início do século.
A adaptação da obra de Büel ficaria a cargo de Lauro César Muniz (foto acima), o mesmo autor responsável pelo texto de Chiquinha Gonzaga. Já a direção da minissérie estaria sob a batuta de Denise Saraceni.
Projeto sobre o aniversário de São Paulo
No fim, a Globo optou por levar ao ar a minissérie Um Só Coração (foto acima), escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira e que narrou a história da cidade de São Paulo entre o começo da década de 1920 até a festa do IV Centenário de São Paulo, ocorrida em 1954.
Protagonizada por Ana Paula Arósio, Edson Celulari, Erik Marmo e grande elenco, a obra retratou momentos históricos que tiveram a grande metrópole como pano de fundo. Entre eles, A Semana de Arte Moderna, a Revolução de 1924, a quebra da Bolsa de 1929, a era Vargas, os ecos do nazismo e do fascismo, os refugiados da Segunda Guerra e a inauguração da TV no Brasil.
Devido a essa efemeridade, os textos de A Imperatriz do Café e O Capitão Mouro nunca chegaram a ser produzidos e se encontram inéditos na emissora até hoje.