Nada feito: sem opções, SBT acabou trocando seis por meia dúzia

O SBT anunciou, recentemente, que irá deixar de produzir o programa Casos de Família, apresentado há quase 20 anos em suas tardes. A atração responde pela pior audiência da média comercial da emissora, além de ter perdido toda a repercussão que possuía na internet.

Mas, a decisão, que já havia sido tomada no ano passado, foi revertida graças a Silvio Santos, que ordenou que o formato permanecesse no ar. Porém, agora, a atração escolhida para substituir o programa de Christina Rocha também apresenta as mesmas condições de rejeição e péssima audiência.

Pausa estratégica?

De acordo com a emissora, será um descanso. Mas, considerando os péssimos índices de audiência e o fato que a direção já o havia cancelado em outras oportunidades, fica difícil acreditar que Casos de Família tenha uma data de retorno garantida.

O Fofocalizando, ancorado por Chris Flores e seus comentaristas Flor Fernandez, Gabriel Cartolano e Gabriela Cabrini, foi anunciado como ocupante do horário a partir deste mês.

Trocar seis por meia dúzia

Contudo, se o “telebarraco” responde pela menor audiência da tarde, o outro vespertino ocupa a segunda pior, com índices muito parecidos no ibope. A substituição causa estranheza, já que mesmo diante disso, Fofocalizando irá ganhar mais uma hora de presente.

No período analisado, entre 20 e 24 de fevereiro, as duas atrações pontuaram quase o mesmo, com uma diferença irrisória.

Nesta semana, o Casos de Família apresentou uma média fechada de 2,9 pontos. Foram 3,3 na segunda e 3,0 na terça. Na quarta, o produto ficou abaixo desse índice, com apenas 2,9, piorando na quinta, quando anotou o seu pior desempenho: 2,3 pontos. Encerrando a semana, a atração voltou aos 2,9.

Já o Fofocalizando obteve apenas 0,4 a mais neste mesmo período. Iniciou a semana com 3,6 pontos, marcou apenas 0,1 a mais que o programa anterior ao fechar com 3,1 na terça. Na quarta, foi o dia em que abriu a maior diferença, indo a 3,6, totalizando 0,8 a mais. Em compensação, na quinta caiu para 2,8 e, na sexta, fez 3,1 pontos – ou seja, apenas 0,2 a mais que o de Christina.

Falta de planejamento

Se livrar de um título problemático, cedendo um maior espaço a outro que é tão fracassado quanto, apenas evidencia a falta de planejamento do canal.

Vale destacar que as reprises nacionais transmitidas antes dos programas e as novelas mexicanas que entram logo após, mesmo em baixa pela crise nos números em que vive a rede paulista, costumam marcar bem mais audiência. Além disso, elas são bastante comentadas na web, indicando o caminho a ser seguido.