Vai na Fé mistura personagens e dá nó na cabeça do público
01/02/2023 às 18h49
A autora Rosane Svartman está apostando alto nas referências televisivas em Vai na Fé. A novela das sete está sempre reverenciando outras produções da Globo, rendendo homenagens a tramas, personagens e artistas – como Susana Vieira.
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Wilma Campos, personagem de Renata Sorrah, é uma atriz de passado glorioso. E os papéis citados no folhetim como se fossem dela, a Nice de Anjo Mau (1976) e a Branca (Susana Vieira) de Por Amor (1997), foram defendidos por Susana.
Universo paralelo
No capítulo desta terça-feira (31), por exemplo, Carlão (Che Moais) lembrou de Wilma como intérprete de Branca Letícia de Barros Mota, a vilã que Susana Vieira imortalizou em Por Amor, de Manoel Carlos.
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“Minha avó não ia acreditar que eu vou dirigir para Branca Letícia de Barros Mota”, declarou o marido de Sol (Sheron Menezzes), revelando ser noveleiro.
“Você lembra dessa novela? ‘Por Amor’!”, devolveu a veterana. “Mesmo uma mulher burra vale por dois homens”, completou, destacando uma frase da novela.
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“A pobreza aproxima as pessoas e a riqueza afasta”, lembrou Carlão.
Repercussão
Os usuários do Twitter não deixaram a cena passar batida. Alguns se queixaram da confusão criada por Vai na Fé, atribuindo uma personagem inesquecível a outra atriz. A maioria, porém, gostou da referência.
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Anteriormente, Wilma surgiu em um flashback na pele da babá Nice, protagonista de Anjo Mau. Rodrigo, vivido por José Wilker, foi atribuído a Fábio Lorenzo (Zécarlos Machado), ator com quem a mãe de Lui (José Loreto) se relacionou.
Outra novela constantemente citada é O Clone (2001). Wilma se ressente por ter perdido o papel de Jade para Giovanna Antonelli.
Referências
Citações do tipo não são comuns, mas acontecem. Em Ti-ti-ti (2010), Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari incluíram várias referências a tramas de Cassiano Gabus Mendes, responsável pela versão original da novela, exibida em 1985.
Outros trabalhos foram reverenciados. Susana, defendida por Malu Mader, era chamada de “Fera Radical”, folhetim de 1988 no qual Malu foi protagonista. Thaíssa, papel de Fernanda Souza, foi apelidada “chiquitita”, uma alusão à produção do SBT, de 1997, estrelada pela atriz.
A realidade paralela, similar a de Vai na Fé, incluía a participação de figuras de outras obras, inseridas num novo contexto, como Mário Fofoca (Luís Gustavo) de Elas por Elas (1982) e Magda (Vera Zimmermann) de Meu Bem, Meu Mal (1990).