Novo personagem chega para tirar garçom de Travessia do sério
30/11/2022 às 18h15
Após abrir mão da abordagem sobre tecnologia em Travessia, por conta da queda de audiência, Gloria Perez vai retomar o tema com um personagem inusitado: o robô Haroldo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A inovação tecnológica entra em cena no capítulo desta quarta-feira (30). O garçom Joel (Nando Cunha) não vai gostar nada, nada da gerigonça, adquirida por Nunes (Orã Figueiredo) para o bar Encanto da Vila.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Novidade
Haroldo promete revolucionar o atendimento no boteco mais movimentado de Vila Isabel. O robô vai encantar os clientes e aborrecer o funcionário mais antigo da casa, Joel.
LEIA TAMBÉM:
● Definido: reprise de novela da Globo estreará em plena segunda de Carnaval
● Exigência: artista impõe condição para estrelar sequência de Êta Mundo Bom!
● Resumo Meu Caminho é Te Amar: tudo sobre o capítulo de quarta, 27 de novembro
Os frequentadores do Encanto da Vila vão disputar o aparelho, que passará a receber mais gorjetas do que os empregados “de carne e osso”, causando a alegria de Nunes e a ciumeira da equipe.
Homem x máquina
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Nas cenas de Travessia exibidas nesta quarta, Nunes tentará agradar Joel ao ver o incômodo dele com a “contratação” de Haroldo. O robô servirá o garçom antes de atender os clientes. A honraria não diminuirá o aborrecimento.
O objetivo de Gloria Perez é retratar o temor de trabalhadores que estão sendo substituídos por máquinas – Joel pensará em atuar como motorista, mas será surpreendido ao descobrir que o dono da frota busca por carros inteligentes.
“É o confronto da inteligência artificial com o trabalhador tradicional que, nesses novos tempos, anda perdendo lugar para as máquinas”, descreveu a autora na sinopse.
Inovação em cena
Esta não é a primeira vez que Gloria aborda a tecnologia em seus folhetins. Em Explode Coração (1995), os protagonistas se conheceram através de mensagens trocadas pelo computador, na então embrionária internet.
Antes, em Barriga de Aluguel (1990), a novelista tratou de inseminação artificial, precipitando a discussão que ganharia força posteriormente. Gloria Perez também adiantou temas pertinentes, pouco comentados pela ciência e pela Justiça, em O Clone (2001, foto).
Contudo, a discussão sobre tecnologia, metaverso e dependência digital ainda não mostrou a que veio. O público de Travessia parece, a julgar pela audiência e pela repercussão, rejeitar tal tema.
Será que um robô, nesta altura do folhetim, trará resultados positivos?