30 de novembro na história da TV: em 1969, Beto Rockfeller terminava na Tupi

30/11/2021 às 0h00

Por: Thell de Castro
Imagem PreCarregada

Confira os destaques do dia 30 de novembro na história da televisão brasileira:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No dia 30 de novembro de 1964, estreava a novela O Pintor e a Florista (Excelsior).

Baseada em original de Alberto Migré – também autor do argumento de 2-5499 Ocupado (1963), primeira novela diária da TV brasileira – O Pintor e a Florista retratava a paixão entre um artista das telas e uma humilde vendedora de flores. No elenco, Lolita Rodrigues e Armando Bógus, premiado com o Troféu Imprensa de melhor ator de 1964.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No dia 30 de novembro de 1965, estreava o humorístico Bairro Feliz (Globo).

A dupla Haroldo Barbosa e Max Nunes estava à frente desta atração, exibida ao vivo, que mesclava músicas e esquetes. Em cena, um bairro imaginário situado no subúrbio do Rio de Janeiro, com figuras pitorescas vividas por nomes como Berta Loran, Milton Gonçalves e Agildo Ribeiro (que satirizava o apresentador Chacrinha). No elenco de apoio, Antônio Carlos, apelidado de Mussum – seu nome artístico – por Grande Otelo; muçum é uma enguia escura e sem escamas.

LEIA TAMBÉM:

No dia 30 de novembro de 1969, terminava a novela Beto Rockfeller (Tupi).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ideia original de Cassino Gabus Mendes, desenvolvida por Bráulio Pedroso e dirigida por Lima Duarte, Beto Rockfeller revolucionou a teledramaturgia brasileira, ao levar para a TV o cotidiano de personagens comuns ao público: o arrivista (Beto, Luís Gustavo), sua namorada humilde (Cida, Ana Rosa), a riquinha entediada (Lu, Débora Duarte). A extensa duração não prejudicou a audiência, mas causou a estafa de Bráulio e Lima, que não chegaram ao último capítulo – Eloy Araújo, à frente de uma equipe de roteiristas, e Walter Avancini o substituíram.

No dia 30 de novembro de 1970, estreava a novela Meu Pé de Laranja Lima (Tupi).

Ivani Ribeiro adaptava o livro homônimo de José Mauro de Vasconcelos, que havia inspirado o longa-metragem de Aurélio Teixeira, lançado no mesmo ano. Júlio César Cruz respondeu no cinema pelo personagem que coube a Haroldo Botta na televisão: o menino Zezé, que, em meio aos problemas enfrentados por sua família, encontra apoio no velho Portuga (Cláudio Corrêa e Castro) e num pé de laranja lima, plantado no quintal de sua casa. A Band regravou esta versão em 1980; e readaptou o romance, com Ana Maria Moretzsohn nos roteiros, em 1999.

No dia 30 de novembro de 1970, estreava a novela Tilim (Record).

Dulce Santucci escreveu e Wanda Kosmo dirigiu este folhetim, centrado nos dilemas do órfão Tilim – que recebera este apelido em razão do sino amarrado em seu pé, no intuito de denunciar seus delitos. O papel do protagonista coube a Júlio César Cruz. O curioso é que Júlio vinha da bem-sucedida versão cinematográfica de O Meu Pé de Laranja Lima, que bebia da mesma fonte que inspirou a novela que a concorrente Tupi estreou no mesmo dia e horário (18h30).

No dia 30 de novembro de 1973, terminava a novela Vidas Marcadas (Record).

O núcleo de teledramaturgia da Record já não possuía a força dos tempos de novelas infantis, como Tilim, ou adultas, caso de As Pupilas do Senhor Reitor (1970). Este folhetim de Amaral Gurgel, por exemplo, passou longe de conquistar audiência e repercussão, mesmo contando com nomes como Rodolfo Mayer, Laura Cardoso, Hélio Souto, Jussara Freire, Lia de Aguiar, Jonas Mello e Ney Latorraca. A trama abordava o cotidiano de uma pequena cidade, em duas épocas distintas.

No dia 30 de novembro de 1982, terminava o programa Revista Feminina (Gazeta).

Maria Tereza Gregori estava há 24 anos no comando desta atração, que já havia passado pela Tupi e pela Band – destacando talentos como Clodovil e Ofélia Anunciato. Na Gazeta, entre 1981 e 1982, Maria Tereza repaginou o conteúdo, recebendo políticos, economistas e expoentes do movimento feminista para debater, de forma simples, temas espinhosos que afligiam as mulheres, como a administração de finanças e o ainda fechado mercado de trabalho.

No dia 30 de novembro de 1990, terminava a minissérie Rosa dos Rumos (Manchete).

Minissérie de oito capítulos, com roteiro de Walcyr Carrasco e Rita Buzzar, que trazia a triste sina de Rosa (Joana Medeiros), grávida após sofrer violência sexual do patrão, Olegário (Umberto Magnani), tal e qual ocorrera com sua mãe, avó e bisavó (todas deram à luz a uma filha, sem nunca se casarem). O êxito da produção se deu, em parte, por conta da repercussão de Pantanal, que a antecedia na grade.

No dia 30 de novembro de 1993, estreava a novela Guerra Sem Fim (Manchete).

Após a crise que arrasou a emissora em 1992, a Manchete retomava a produção de novelas, com esta trama que remetia às policiais Corpo Santo (1987) e Olho Por Olho (1988) – as três escritas por José Louzeiro. Apesar dos poucos recursos, Guerra Sem Fim conseguiu considerável repercussão. O enredo partia da relação da médica Flávia (Júlia Lemmertz) com o traficante Cacau (Alexandre Borges); os atores se envolveram na “vida real”. O romance atrapalha a eleição do pai adotivo da moça, Armando César (Rogério Fróes), para governador.

No dia 30 de novembro de 1997, terminava a minissérie Velas de Sangue (Record).

A Record seguia abastecendo o programa evangélico Caminhos da Esperança com minisséries. Velas de Sangue foi desenvolvida por Lilinha Viveiros e Paulo Cabral – posteriormente, colaboradores da teledramaturgia da emissora -, com direção de Atílio Riccó e Régias Faria. No elenco, Sandra Barsotti, Ewerton de Castro, Adriano Reys, Maria Lúcia Dahl, Anselmo Vasconcellos, Elizabeth Hartmann, Ênio Gonçalves, Suely Franco, Stella Freitas e Gérson de Abreu.

No dia 30 de novembro de 2007, terminava o esportivo Debate Bola (Record).

Milton Neves ancorava esta mesa-redonda, de segunda-feira a sexta-feira, nas tardes da Record. Na equipe, as apresentadoras Débora Vilalba e Renata Fan; ainda, os comentaristas Juarez Soares, Osmar de Oliveira e Oscar Roberto Godói, entre outros. O Debate Bola foi extinto pela Record numa tentativa de forçar a saída de Milton do canal; a emissora pretendia cortar funcionários ligados ao esporte, em razão do término do Pan-2007, no Rio de Janeiro. Posteriormente, Neves seguiu para a Band.

No dia 30 de novembro de 2020, estreava o programa Jornal do Boris (Gazeta).

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.