Acredite se quiser: Guilherme de Pádua ainda tem registro de ator
15/08/2022 às 16h15
De volta ao centro das atenções depois do lançamento da série documental Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, pela HBO Max, Guilherme de Pádua ainda é ator profissional. O assassino possui registro como profissional de atuação pelo Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (Sated-RJ).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O fato foi noticiado pelo site F5, que conversou com Hugo Gross, presidente do Sated – RJ. Gross, que também é ator e já esteve presente em inúmeras novelas, explicou que foi alertado sobre o assunto por associados e, ao investigar, descobriu que Guilherme de Pádua seguia registrado no órgão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“O senhor Guilherme de Pádua ainda possui o registro profissional, que não foi cedido pelo Sated do Rio. Veio através de uma solicitação de Minas Gerais. Já fiz um contato inicial com a presidente do sindicato mineiro, Magdalena Rodrigues, e estou aguardando a resposta. O próximo passo é entrar com uma ação conjunta no Ministério do Trabalho pedindo a cassação”, explicou Gross.
O F5 também falou com Magdalena Rodrigues, que afirmou não saber de Guilherme desde que ele deixou o estado para trabalhar no Rio de Janeiro. A presidente do Sated-MG disse ter estranhado ele ainda ter o registro profissional, mas afirmou ser favorável à cassação do mesmo.
LEIA TAMBÉM:
● Autor de Terra e Paixão deletou atriz que criticou novela: “Nunca mais”
● Após descobrir câncer, astro da Globo questionou Deus: “Por que eu?”
● De volta à Globo, atriz descobriu traição ao vivo pela TV: “Meu mundo caiu”
Demora
Guilherme de Pádua e sua então esposa, Paula Thomaz, foram condenados pelo assassinato da atriz Daniella Perez, que aconteceu em dezembro de 1992. Na época, Guilherme e Daniela contracenavam em De Corpo e Alma, novela da Globo escrita por Gloria Perez, mãe da atriz. O casal, numa emboscada, matou a atriz com 18 punhaladas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na época, Daniella vivia a bailarina Yasmin, e Guilherme era o cobrador de ônibus Bira. Os dois personagens tinham um envolvimento, mas Yasmin terminava o namoro, o que fez a participação do personagem de Guilherme diminuir.
Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram julgados em 1997, cinco anos após a morte de Daniella, e foram condenados a 19 anos de prisão por homicídio qualificado, mas permaneceram em cárcere até 1999, quando ganharam liberdade condicional por bom comportamento.
Sendo assim, chama a atenção o fato de Guilherme ter seguido registrado como ator profissional, mesmo passados 30 anos do crime. Afinal, a cassação do registro deveria ter acontecido juntamente com a condenação.
Sobre isso, Hugo Gross afirmou, ao F5, não ter entendido o que aconteceu, mas que está tomando as providências necessárias.
“Não entendi o que aconteceu, mas são outros tempos. Nós não compactuamos com pessoas que tenham essa tendência de manchar a imagem da nossa categoria. Não podemos permitir que esse cidadão possa amanhã querer voltar a trabalhar como ator”, explicou.