Velha novidade mostra caminho que SBT deve seguir para sair da crise
08/08/2022 às 12h16
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Que o SBT adora uma reprise, não é novidade. São famosos os inúmeros repetecos de tramas como Maria do Bairro e A Usurpadora, que foram exibidas sete vezes cada uma. Mas Esmeralda não fica atrás. A versão brasileira da saga da mocinha deficiente visual está em sua quarta exibição no canal. E se considerarmos outras versões da novela, a estória já foi exibida seis vezes.
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Esmeralda acompanha a personagem-título, vivida por Bianca Castanho. A jovem é herdeira de uma família rica, mas não sabe disso, já que foi trocada por José Armando (Claudio Lins) quando nasceu. O casal se conhece quando adulto e se apaixona; neste momento, todo o segredo envolvendo a origem deles começa a vir à tona.
Produzido pelo SBT em 2004, o folhetim fez parte do pacote de adaptações de mexicanas originalmente produzidas pela Televisa. Em sua primeira exibição, a obra registrou excelentes índices de audiência para os padrões da emissora de Silvio Santos, tornando-se uma das empreitadas mais bem-sucedidas do gênero na casa.
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Mas, antes de gravar sua própria Esmeralda, o SBT exibiu outras duas versões da trama. A primeira delas foi a venezuelana Topázio, em 1992. Já a segunda foi a “fonte de inspiração” mexicana Esmeralda, estrelada por Letícia Calderon e Fernando Colunga, no ar por aqui em 2000.
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Mexicanas “made in SBT”
Esmeralda representa o ápice do acordo entre o SBT e a Televisa para a produção de versões nacionais de textos mexicanos. Estas produções tiveram início em 2001, com Pícara Sonhadora (foto acima), e seguiu nos anos seguintes com Amor e Ódio, Marisol (2002), Pequena Travessa (2002), Jamais te Esquecerei (2003), Canavial de Paixões (2004) e Seus Olhos (2004).
Tais novelas começaram com audiência satisfatória, embora títulos como Jamais te Esquecerei e Seus Olhos tenham derrapado – por culpa, inclusive, de estratégias equivocada do canal. Por isso, os envolvidos buscaram um texto a prova de erros, encontrando em Esmeralda uma aposta segura.
Enquanto as antecessoras eram baseadas em textos inéditos, ao menos no SBT, Esmeralda já era muito conhecida no Brasil. A versão mexicana havia sido exibida apenas quatro anos antes da brasileira. Mas o curto hiato entre as duas produções não intimidou a emissora, que apostou suas fichas numa releitura brazuca e se deu bem.
Na estreia, em dezembro de 2004, Esmeralda já disse a que veio, anotando 11 pontos, levantando a baixa audiência herdada da antecessora Seus Olhos. Nas semanas seguintes, o folhetim se revelou um fenômeno, elevando seus índices mês a mês. No último capítulo, Esmeralda marcou 18 pontos, com pico de 24. Na média geral, a obra registrou 13 pontos, um ótimo resultado.
Em alta, mais uma vez
Tanto sucesso levou a trama a ser reprisada em 2010 e em 2014, também com índices de audiência satisfatórios.
Junto com a volta de Carrossel, a quarta exibição, no ar desde 16 de maio, herdou o horário em baixa. Os números, porém, estão crescendo mês a mês: dos 2,5 de média da primeira semana, de 16 a 20 de maio, para 4 pontos com os capítulos exibidos entre 18 de 22 de julho. No início de agosto, a trama ainda continua em terceiro lugar, mas chegou a beliscar a vice-liderança, mostrando que é questão de tempo para voltar a brigar com a Record no horário.
Mais uma vez, Esmeralda mostra a força das novelas adultas no SBT. Não seria a hora de retomar as produções inéditas do mesmo estilo?