Antes de partir, artista ganhou chance na Globo: “Lembraram que eu existia”
25/09/2022 às 11h45
Rodolfo da Rocha Carvalho, o Carvalhinho, foi um dos grandes comediantes da nossa TV e do cinema, mas ficou muito tempo longe da telinha. Natural de Recife (PE), ele começou a sua carreia nos anos 1940 e mostrou todo o seu talento em programas de rádio.
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O “garoto prodígio”, como era chamado no rádio, fez seu primeiro filme em 1946, atuando no longa Caídos do Céu. Durante sua carreia, fez inúmeros papéis no cinema, como Dona Xepa, Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva, Amante Muito Louca, Robin Hood, o Trapalhão na Floresta, O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão, Cinderelo Trapalhão, Bububu no Bobobó, entre outros trabalhos.
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No teatro, esteve presente em vários espetáculos, inclusive o sucesso A Gaiola das Loucas, que ficou em cartaz durante três anos. Ao lado de Jorge Dória, Carvalhinho viveu o seu grande momento em sua carreira.
Sucesso em humorísticos
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O comediante chegou à televisão em 1966 para fazer parte do elenco do humorístico Riso, Sinal Aberto, da TV Globo. Esteve presente no clássico Balança Mas Não Cai (1969), um grande sucesso do rádio que foi para a televisão. Ele se afastou da televisão durante sete anos, mas voltou em 1977, na TV Tupi, no programa Domingo é Dia de Graça.
Com passagens no programa Os Trapalhões, Carvalhinho ficou fora da televisão por quase seis anos e se dedicou ao teatro e ao cinema. Sua volta, em 1992, foi na Escolinha do Professor Raimundo, partindo de um convite de Chico Anysio. Ele deu vida ao hipocondríaco Maurício das Dores.
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“Graças a Jesus lembraram que eu existia. Há 20 anos não fazia nada na Globo. Via todo mundo aparecendo na televisão, só eu que não. E o negócio é que não adianta ficar pedindo para entrar porque tem muita gente querendo a mesma coisa. Por isso dou graças a Deus por ter conseguido voltar”, contou o comediante ao Jornal do Brasil.
Destaque em Torre de Babel
Com o sucesso na Escolinha, Carvalhinho fez seu primeiro papel em novelas, como Joca em Deus Nos Acuda (1992). Em 1993, fez uma participação na minissérie Agosto e só retornou a atuar em 1998, quando interpretou Claudio, na novela Torre de Babel.
Nos anos 2000, esteve em Da Cor do Pecado (2004) e Alma Gêmea (2005), sua última novela. O último programa de humor de sua carreira foi em Zorra Total, quando participava de vários quadros.
Carvalinho morreu no dia 1º de março de 2007, aos 79 anos, vítima de parada cardiorrespiratória.