Nilson Xavier

Mal nos recuperamos de tantas perdas recentes (Ilka Soares, Maria Lucia Dahl, Suzana Faini, Djenane Machado e outros) e a lista cresce. Marilu Bueno faleceu nesta quarta-feira (22), aos 82 anos. De acordo com o G1, a atriz não resistiu a complicações após uma cirurgia no abdômen.

Marilu Bueno

Maria Luiza David Bueno de Lima nasceu no Rio de Janeiro, em 27 de fevereiro de 1940. Estreou no cinema em 1960, no filme O Cupim, de Carlos Manga. Entre outros longas-metragens, participou de Dias Melhores Virão (1989), Lua de Cristal (1990) e O Homem do Ano (2003). Entre as peças de teatro nas quais atuou, Trair e Coçar É Só Começar (1986) e Splish Splash (1988).

Na TV, Marilu foi mais frequente. Em cinquenta anos, foram quase 20 novelas e vários especiais, minisséries e outros programas. A estreia foi em 1972, na novela O Bofe.

Estúpido Cupido

A veia cômica a levou a papeis divertidos, como Mariinha de Estúpido Cupido (1976-1977), Tetê de A Gata Comeu (1985), Augusta de Dona Beija (1986), Dagmar de O Fim do Mundo (1996) e Dona Felicidade da minissérie O Primo Basílio (1988). Participou das duas versões de Guerra dos Sexos (1983 e 2012) com a mesma personagem, e empregada Olívia.

Um bom papel dramático foi Lacy, em De Corpo e Alma (1992-1993), mãe da protagonista Paloma (Cristiana Oliveira), que sofria com a doença da filha, na fila por um transplante de coração.

Marilu também teve uma passagem pela Record TV, nas novelas Bicho do Mato e Chamas da Vida, entre 2006 e 2009. Seus últimos trabalhos foram nas novelas Alto Astral (2014), Eta Mundo Bom! (2016) e Salve-se Quem Puder (2020).

Ícone para várias gerações

Guerra dos Sexos

De minha pré-adolescência, lembro de Marilu Bueno como a prestativa Olívia de Guerra dos Sexos. Para muitas gerações, será Tetê de A Gata Comeu, que infernizava o marido Gugu com seus desejos de grávida. Para crianças mais recentes, a fada Margarida de Caça Talentos e a Dona Carochinha do Sítio do Picapau Amarelo (versão anos 2000).

Uma atriz que deixou sua marca na TV com personagens queridos, divertidos e encantadores.

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor