Triste fim: saiba o que aconteceu com o ator que fez Soró em Pão-Pão, Beijo-Beijo
09/07/2022 às 15h44
Podendo ser revisto atualmente em Pão Pão Beijo Beijo, exibida no canal Viva, o pernambucano Arnaud Rodrigues foi um dos maiores e melhores redatores de humor do Brasil. E isso quem falou foi ninguém menos que o mestre Chico Anysio, em diversas entrevistas.
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Nascido em Serra Talhada (PE), em 1942, Arnaud trabalhou em diversos projetos com Chico na TV Globo, entre eles Chico City (1973), e em vários outros programas humorísticos, tanto como ator, redator e cantor.
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Da parceria surgiu, inclusive, uma dupla chamada Baiano e os Novos Caetanos, sucesso na década de 70, uma sátira ao Tropicalismo de Caetano e Os Novos Baianos. Na dupla, Arnaud era Paulinho Cabeça de Profeta.
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Entre seus trabalhos na teledramaturgia, destacam-se Lampião e Maria Bonita (1982), Bandidos da Falange (1983) e Pão Pão, Beijo Beijo (1983), que está sendo reprisada no Viva.
Na trama, ele roubou a cena como Soró Sereno, um divertido, ingênuo e gentil nordestino, de origem humilde, que trabalhava como carroceiro no Rio de Janeiro.
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Destaque em novelas da Globo
No início da novela, Soró se envolve em um acidente com Bruna (Elisabeth Savala), que começa a brigar e ameaçar o pobre moço, que acaba defendido por Ciro (Cláudio Marzo) um misterioso motorista de ônibus, que se torna seu amigo fiel e inseparável.
Com a confusão do acidente, os amigos perdem seus respectivos empregos e contam com a ajuda de Mama Vitória (Lélia Abramo), avó de Bruna, para se empregarem novamente.
Soró é contratado como jardineiro no sítio da família Cantarelli. Habilidoso com a terra e muito querido por todos, logo faz uma grande amizade com Geninho (Paulo Vognolo), neto mais novo de Mama Vitória, ensinando ao menino as brincadeiras do interior do país, assim como sobre as curiosidades da natureza.
A amizade de Soró e Geninho caiu no gosto dos espectadores, sendo um dos maiores sucessos da carreira dos atores. Soró era tão querido que foi personagem também no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oroz (1984), ao lado da trupe de Didi Mocó.
Arnaud ainda esteve em Partido Alto (1984) e Roque Santeiro (1985), esta outro grande sucesso do ator, no papel do Cego Jeremias, que cantava a história do mártir, na porta da igreja, provocando muitas gargalhadas em quem assistia à novela, ao “ver” o que ninguém mais via.
Últimos anos de vida
Depois disso, voltou a se dedicar exclusivamente ao humorismo, fechando contrato com o SBT, onde atuou, por muitos anos, em A Praça é Nossa, onde fez personagens como Povo Brasileiro e o Coronel Totonho.
Com apenas 67 anos, Arnaud Rodrigues perdeu a vida em 16 de fevereiro de 2010, após o barco em que estava virar no lago da Usina de Lajeado, em Palmas (TO). Ele morava naquele Estado desde 1999.
O acidente ocorreu por volta das 17h30 daquele dia, mas o Corpo de Bombeiros confirmou a morte do humorista apenas algumas horas depois. Ele chegou a ser resgatado com vida, mas sofreu um infarto e não resistiu.
De acordo com a equipe que fez o resgate, chovia muito e o artista estava num barco que tinha mais pessoas do que a capacidade. Entre elas, estavam a mulher do humorista, Celeste Rodrigues, e quatro crianças, sendo duas delas seus netos, que sobreviveram.
“Meu pai deixou um legado de alegria, paz e diversão através da televisão”, declarou Antônio Arnaud Rodrigues Júnior, filho do comediante, ao jornal O Globo.