Quanto Mais Vida, Melhor! salva protagonistas em final coerente com o enredo

28/05/2022 às 10h00

Por: Duh Secco
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Duh Secco

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No último capítulo de Quanto Mais Vida, Melhor!, a Morte (A Maia) poupou os quatro condenados. Paula (Giovanna Antonelli), Neném (Vladimir Brichta), Guilherme (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage) escaparam da passagem para outro plano. Final frustrante? Talvez. Condizente, porém, com o enredo de Mauro Wilson.

Quanto Mais Vida Melhor

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A novela das sete que a Globo finalizou nesta sexta-feira (27) divagou, acima de tudo, sobre a vida. Os protagonistas partiram em busca de redenção diante da possibilidade de, dentro de um ano, um deles seguir em definitivo para o “outro lado”.

Não foi fácil. Complexos, Paula, Neném, Guilherme e Flávia necessitaram de trocas de corpos para compreenderem melhor as razões dos tropeços deles e dos outros.

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A mudança, aliás, sacudiu a narrativa e os intérpretes – Giovanna e Solano saíram do “lugar comum” enquanto almas deslocadas de Neném e Flávia. O evento, contudo, demorou a acontecer.

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Mal da concepção de capítulos em meio às incertezas da pandemia de Covid-19, que adiou a estreia do folhetim de julho de 2020 para novembro de 2021, inviabilizando correções de rota diante das respostas do público.

Correções inviabilizadas

Barbara Colen

Quanto Mais Vida, Melhor! enfrentou, desta forma, os mesmos problemas de Nos Tempos do Imperador e Um Lugar ao Sol.

Personagens que não funcionam, como Rose (Bárbara Colen), terceiro vértice do triângulo formado com Guilherme e Neném. As idas e vindas da ex-modelo e seus pares – e o apego ao vestido branco e aos seis dias de paixão com o jogador em Roma – entediaram o público.

A obra de Mauro Wilson se saiu melhor por, apesar de compreender um tema nada agradável, em meio às tantas vidas perdidas para a Covid-19, optar por um tom lúdico, diferente da sobriedade das produções das seis e das nove. A direção artística de Allan Fiterman contribuiu consideravelmente para tal, da opção pelo colorido de cenários e figurinos às intervenções musicais.

Quanto Mais Vida, Melhor!

Cabe ressaltar o desempenho de coadjuvantes, de gigantes como Ana Lúcia Torre (Celina), Elizabeth Savala (Nedda) e Júlia Lemmertz (Carmem) até nomes em ascensão, casos de Felipe Abib (Roni), Luciana Paes (Odete), Mariana Nunes (Joana) e Thardelly Lima (Odaílson) – em ótima dobradinha com Evelyn Castro (Deusa).

Em entrevista ao Gshow, Mauro Wilson ponderou que “a ideia da morte é muito mais ligada a um destino que a um final”. E foi exatamente este conceito que Quanto Mais Vida, Melhor compreendeu.

O saldo é positivo, das viradas de Paula, Neném, Guilherme e Flávia ao bom entretenimento ao longo de seus 161 capítulos.

Em tempo: atingido por um tiro disparado por Cora (Valentina Bandeira), ao se colocar entre ela e o alvo Roni, Neném foi recebido pela Morte e informado de que seu coração seria transplantado para a filha Bibi (Sara Vidal). Roni, contudo, sofreu um acidente enquanto perseguia a ex. Morto, o bandido redimido doou o órgão para a sobrinha.

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