Cantor foi relançar carreira na TV e acabou internado em reabilitação

01/04/2022 às 6h00

Por: Fabio Marckezini
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Nos anos 1990 e 2000, a febre das “boy bands” tomou conta do Brasil e do mundo. Hanson, Backstreet Boys, ‘N Sync, Five, Westlife, entre outras bandas estavam nas paradas de sucesso. Seguindo a onda, a band brasileira Twister foi lançada, em 1999.

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Sander Mecca

Sander Mecca era o vocalista e guitarrista, portanto o principal destaque do conjunto. O hit “40 graus” dominou as rádios e o álbum de estreia vendeu mais de 250 mil cópias.

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Era comum ligar a televisão e ver a banda nos principais programas de auditório da época. Mas nem tudo foi sucesso para o Twister e, principalmente, para Sander.

Twister

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Em 2003, o músico foi preso em uma casa noturna portando aproximadamente 10 micropontos de LSD, além de comprimidos de ecstasy e cocaína. Ele acabou sendo indiciado por tráfico de drogas, um crime inafiançável.

Em entrevista ao podcast de Rafinha Bastos, em 2021, ele falou sobre o período na prisão:

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“Fui condenado como traficante, com quatro anos e meio de prisão, ficando dois anos preso. Me viciei em cocaína na cadeia”, relatou Sander.

Após sair da cadeia, o cantor tentou retomar a carreia e passou a se apresentar em estações de metrô de São Paulo, pedindo doações aos passageiros.

Em 2019, após a repercussão do fato, ele foi convidado para participar do programa A Hora do Faro, da Record.

A chance da recuperação

Hora do Faro

Antes da apresentação, Faro conversou com Sander e o convidou para ir a uma clínica de reabilitação.

“Programa de televisão lança a pessoa e não quer saber da vida pessoal dele, né? Mas o Sander é um menino que eu tenho um carinho especial, e a nossa produção também teve um carinho muito especial por ele. E a gente não quer só lançar o cara, fingindo que ele está bem. Ele não está bem. Então, eu poderia fazer um show lindo aqui com ele, lançá-lo, e aí hoje à noite ele ia ter uma recaída, e tudo o que a gente fez ia se perder”, falou Rodrigo Faro durante a gravação da atração.

O cantor aceitou o convite e se internou na clínica, ganhando a chance de dar a volta por cima.

“O que mais tem me ajudando a me manter limpo é que eu vou todos os dias em reuniões de dependentes químicos. Minha doença não tem cura, eu tenho que aceitar. Então, evito lugares e situações de riscos”, disse Sander para Rafinha.

Além disso, ele revelou que foi abusado sexualmente por seu antigo empresário na época do Twister e falou sobre as consequências do uso de drogas.

“A minha saúde está melhor, porém, eu descobri uma leucoplasia na voz. Meu otorrino falou que se eu não parasse de usar drogas eu ia ficar com câncer na laringe. Meu estômago é um queijo suíço, meu pulmão, um pouquinho. Tenho lesões cerebrais, que eu não estou precisando mais de remédios para evitar convulsões. Virei convulsivo”, concluiu.

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Atualmente, segue com a sua carreira e divulgou a nova edição de seu livro Inferno Amarelo, que foi escrito durante os anos em que esteve preso.

Sander Mecca

Ele também investiu em negócio de comida congelada, a Mecca Gourmet. É o próprio cantor que faz os pratos.

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