Promessa da Globo trocou as novelas pelos tribunais: “Não me arrependi”
14/10/2023 às 16h44
Longe da televisão há muitos anos, Patrícia Perrone nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de novembro de 1973. Antes de se dedicar aos cursos de atuação no Tablado e na Casa de Cultura Laura Alvim, a então adolescente de 16 anos foi selecionada para atuar no filme Uma Escola Atrapalhada (1990).
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No mesmo ano, estreou na televisão numa participação no especial da dupla Chitãozinho e Xororó, na Globo. Nos anos seguintes, ela se firmaria como uma das jovens promessas da emissora carioca, atuando na minissérie As Noivas de Copacabana (1992) e em novelas como Despedida de Solteiro (1992) e Olho no Olho (1993).
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Atuou também em um episódio do programa A Comédia da Vida Privada (1995) e em outros dois do Você Decide, sua última aparição no gênero. Além disso, integrou a equipe de roteiristas da minissérie Contos de Verão (1993) e da série Confissões de Adolescente, programa dirigido por Daniel Filho que estreou na TV Cultura em 1994 e contou com três temporadas.
Nova carreira
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Atualmente, Patrícia Perrone é formada em direito e trabalha como Procuradora do Estado do Rio de Janeiro. É também mestre e doutora em Direto Público pela Universidade do Estado do Rio de janeiro (UERJ).
Em entrevista ao jornal Extra, em abril de 2013, ela explicou sua decisão em dar uma pausa na carreira de atriz.
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“Eu fiz vestibular para Direito no final do ano de 1994. Tinha vontade de estudar, de frequentar uma faculdade e tinha a sensação de que adiar esse projeto poderia fazer com que se tornasse inviável. Quanto mais tarde, mais difícil ingressar em uma profissão. Não decidi me afastar da TV ou do teatro. Mas tinha medo de ter uma vida muito incerta profissionalmente, de me faltar trabalho, e procurei investir em um caminho mais seguro”, revelou a atriz.
Saudade de atuar
Atualmente com 49 anos, Patrícia ainda afirmou que sente falta de atuar e que aceitaria um convite, caso conseguisse conciliar as duas atividades profissionais.
“Sinto falta de atuar sim e gostaria de fazer isso de novo. Participo de um grupo de estudos de teatro, com o qual realizei duas leituras públicas de peças de teatro no último ano. (…) Eu penso até mesmo em exercer outras funções, como ajudar a produzir ou escrever, atividades que já desenvolvi no passado. Mas esses projetos precisam ser conciliáveis ao menos com parte das minhas atividades profissionais atuais”.
“Não me arrependi”
Ao ser questionada se chegou a se arrepender em algum momento de ter trocado a atuação pelo Direito, ela respondeu:
“Não me arrependi, mas tanto a arte como o direito são pedaços muito importantes, muito fundamentais da minha vida. Como trabalho com o direito, sinto muita falta da arte. Do ambiente, das pessoas, das conversas”.
Patrícia, que é casada e tem dois filhos, também escreveu livros em relação a sua atuação como advogada e Procuradora do Estado.
Em 2018, ela lançou o livro ‘A República Que Ainda Não Foi’, obra que reúne artigos de acadêmicos da Escola de Direito Constitucional da UERJ, junto com o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.