Jô Soares enfrentou rejeição quando ficou magro: “Entrei em pânico”
06/08/2022 às 17h57

O Brasil acordou nesta sexta (5) sem o talento e a genialidade de Jô Soares, que morreu aos 84 anos. O humorista e apresentador, que enfrentou muitos problemas de saúde nos últimos anos, teve seu último programa fixo na televisão encerrado em dezembro de 2016.
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Durante muitos anos, os telespectadores escutaram o bordão “beijo do gordo” em seus humorísticos e nos programas de entrevista que conduziu na Globo e no SBT. Porém, nos anos 1970, ele resolveu fazer uma mudança radical. No entanto, como não recebeu qualquer estímulo por parte do público, acabou voltando atrás.
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Depois do grande sucesso de suas atuações como Gordon na lendária A Família Trapo, exibida pela Record, o comediante foi contratado pela Globo, em 1971, para participar do novo programa Faça Humor, Não Faça Guerra, que se tornou uma atração imperdível.
Em 1972, quando tinha 33 anos, Jô pesava cerca de 160 quilos e decidiu fazer um regime a fim de perder metade do que pesava, para espanto do público (confira o resultado no vídeo acima).
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“Não é brincadeira, eu não parava de engordar. Estive com 140, passei rápido para os 160, seguramente iria em frente, e então entrei em pânico”, declarou o humorista à revista Veja.
“Se gordura fosse engraçado, não haveria necessidade de humorista. O sujeito entrava todos os dias num açougue e morria de dar risada”, completou.
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Sem medo
O humorista garantiu que não se preocupava com a possibilidade de reprovação de seu novo visual por causa do público.
“Eles estão rindo mais do que antes. Mas talvez seja porque o show, que foi lançado no início do ano passado em São Paulo e agora está em excursão pelo Brasil, está mais afinado”, supôs ao conceder a entrevista à Veja.
Falta de estímulo
No entanto, o público não aprovou: o falatório foi intenso nas ruas e na imprensa e Jô Soares acabou voltando ao antigo peso ainda naquela década.
“Foi como se a Coca-Cola mudasse de garrafa. Perdi uma pessoa. O pessoal estranhou e não me deu estímulo algum”, desabafou, em 1994, para o jornalista Mauricio Stycer, na Folha de S.Paulo.
Naquele mesmo ano, voltou para o regime. Jô comeu frutas durante 22 dias, deixou de lado os carboidratos e, desta vez, livrou-se de 33 quilos.
“Gordo, quando emagrece, ninguém repara. Hoje estou gordo. Antes, estava enorme”, disse à Folha.