Dívida, assalto e mais: morte de ex-BBB nunca foi solucionada

No início de 2009, o Big Brother Brasil entrava no ar com mais uma edição de anônimos em busca do grande prêmio de R$ 1 milhão e de um lugar ao sol na mídia. Foi o caso de André Luís Gusmão de Almeida, cantor sertanejo e pai de três filhos.

“Uma amiga sugeriu que eu entrasse no programa, para ajudar na carreira com a dupla sertaneja. Eu consegui”, contou André ao site oficial do programa.

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Sua passagem pela casa não foi tranquila. O rapaz protagonizou algumas brigas e discussões durante a atração, mas saiu logo.

“Tenho um defeito, que é não aceitar desaforo, mas uma qualidade que é de não guardar mágoa. O que sou é um cara espontâneo, verdadeiro e transparente. Não controlo o que falo, então isso pode ter pesado um pouco negativamente para mim”, declarou o participante 12 dias após o início do confinamento, quando foi eliminado com 71% dos votos – o campeão daquela temporada foi Max Porto (com André, na foto acima).

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O Caubói do BBB, como ficou conhecido, voltou à sua rotina normal e foi viver com a família em uma chácara em Alumínio, na região de Sorocaba.

Ele voltaria a ser notícia na mídia em 2011, porém de uma forma trágica.

Crime

Na madrugada do dia 1º de junho de 2011, após ouvir latidos do cachorro, André se levantou da cama e foi verificar o que estava ocorrendo.

Nesse momento, ele foi atingido por um tiro na nuca. O cantor chegou a ser levado com vida para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

“A família estava dormindo. Ele saiu para ver por que os cachorros estavam latindo e a mulher dele escutou um disparo. Ela chamou por ele e não obteve resposta, então chamou a polícia”, declarou a delegada Luciane Toledo ao UOL.

A suspeita era de roubo e um possível confronto entre o ex-BBB e o assaltante.

“Com certeza, ele reagiu ao assalto para proteger a família. Assim que ouvi o tiro, liguei para polícia, que o socorreu, enquanto fiquei em casa protegendo as crianças, pois podia acontecer alguma coisa comigo. Infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos, coisas da vida”, desabafou para o UOL Luciana Almeida, esposa de André. No dia do assassinato, foi levado um notebook e uma TV LCD.

Suspeitas

Em uma entrevista para o Domingo Espetacular, a viúva declarou que o assassinato poderia ter sido por conta de uma dívida. André investiu em negócios, como um restaurante de comida japonesa. Mas nada deu certo e ele acumulou dívidas com credores.

“Ele queria comprar uma arma, mas não era apenas pra proteger a chácara, ele já tinha suspeitas”, declarou Luciana.

Na época do crime, ela repassou vários nomes de possíveis suspeitos para a polícia. No entanto, os investigadores não chegaram a nenhuma conclusão sobre o autor do assassinato, que foi dado como “crime sem autoria”.

Luciana seguiu sua vida e se casou novamente.

“A gente não fica mais lá (na chácara). Tenho uma nova vida e a própria família dele (André) me ajudou a seguir em frente”, afirmou ao portal G1, em 2018.