Algumas novelas ficaram marcadas pelo grande sucesso que fizeram, entrando para a história da televisão brasileiras. Outras se transformaram em fracassos retumbantes, deixando a Globo desesperada. Existem também as produções que ficaram no meio termo: não são grandes sucessos, mas passam longe dos maiores fiascos do canal.

Confira sete exemplos na lista:

Hipertensão

Exibida entre outubro de 1986 e abril de 1987, Hipertensão, de Ivani Ribeiro, era uma típica novela das seis, mas acabou sendo exibida na faixa das sete. Isso talvez tenha prejudicado a audiência da trama, que não pode ser considerada um sucesso, mas também passou longe de ser um fracasso. Estrelada por Maria Zilda, Cláudio Cavalcanti, Cláudio Corrêa e Castro, Ary Fontoura e Paulo Gracindo, nunca foi reprisada.

Bambolê

No ar entre setembro de 1987 e março de 1988, a novela das seis, de Daniel Más, fez um impecável trabalho de reconstituição da década de 1950, sendo estrelada por Susana Vieira e Cláudio Marzo. O brinquedo que emprestou seu nome à produção, inclusive, voltou a ser febre entre as crianças. Mas os resultados foram apenas satisfatórios. Trata-se de outra trama da Globo que nunca foi reprisada.

O Fim do Mundo

Em 1996, a Globo vivia um dilema: não podia esticar Explode Coração, por um acordo feito previamente com Glória Perez, e estava atrasada na produção de O Rei do Gado. A solução foi exibir uma trama de apenas 35 capítulos, que seria minissérie, na faixa das oito. Entre maio e junho daquele ano, O Fim do Mundo, que contou com estrelas em seu elenco, como Paulo Betti, José Wilker, Bruna Lombardi, Lima Duarte e Vera Holtz, foi anunciada pela emissora como “uma supernova de 35 capítulos”. Como mencionou nosso colunista Nilson Xavier em seu site Teledramaturgia, “manteve a audiência do horário, mas de super não trouxe nada, a não ser o característico universo de Dias Gomes”.

Força de um Desejo

Novela de Gilberto Braga e Alcides Nogueira, exibida entre maio de 1999 e janeiro de 2000, acabou derrubando a audiência da Globo na faixa das seis, que geralmente se dá bem com novelas de época. Apesar da expectativa e do elenco estelar, ficou devendo, principalmente por ter sido esticada – teve 227 capítulos. Como o diretor Daniel Filho retratou em seu livro, “não foi um sucesso, mas também nenhum fracasso retumbante”.

A Lua me Disse

Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa voltavam a escrever uma novela juntos após Salsa e Merengue. Exibida entre abril e outubro de 2005, em 143 capítulos, A Lua me Disse era uma comédia água com açúcar, estrelada por Adriana Esteves, Wagner Moura e Marcos Pasquim, que não deixou o público muito empolgado, mas conseguiu elevar a audiência da faixa das sete. “A sua maior qualidade foi a trama redonda, bem costurada, e o texto caprichado. Não foi um sucesso popular, mas foi bem avaliada pela crítica especializada”, definiu Nilson Xavier.

Amor Eterno Amor

Mais uma novela de Elizabeth Jhin que abordou temas espiritualistas, foi exibida entre março e setembro de 2012. Com elenco encabeçado por Gabriel Braga Nunes, Letícia Persiles, Cássia Kiss e Ana Lúcia Torre, a trama teve muitos núcleos secundários sem função e excesso de personagens. Além disso, a história se arrastou em diversos momentos, não obtendo o mesmo êxito de outras novelas da autora, como Escrito nas Estrelas e Além do Tempo.

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Aquele Beijo

Giovanna Antonelli, Ricardo Pereira e Marília Pêra estrelaram Aquele Beijo, novela de Miguel Falabella exibida na faixa das sete entre outubro de 2011 e abril de 2012. Acabou derrubando a audiência do horário, mas não ficou marcada como um grande fracasso. “Faltou uma história central empolgante. Foram as tramas paralelas, recheadas de bons personagens secundários, que fizeram a novela”, destacou Nilson Xavier. O Ibope ficou na casa dos 25 pontos, contra 30 de Morde e Assopra e Ti-Ti-Ti.

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