Nesta segunda (16), William Bonner completa 57 anos. Apresentador titular do Jornal Nacional há quase 25 anos – ele fez sua estreia como titular em 1996 – o jornalista acompanhou diversos ajustes na linha editorial do principal informativo da Globo.

Como editor-chefe, contribuiu no processo para deixar o JN menos engessado e mais conversado. Tais mudanças foram colocadas em prática a partir de 2017 e abriram uma brecha para que ele pudesse quebrar o protocolo e se tornar notícia.

Teve bronca na equipe técnica, emoção após reportagens, imitações e até um pedido de calma para o público. Quer relembrar todas essas situações? Acompanhe essa retrospectiva preparada pelo TV História.

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Bronca na equipe técnica

Em outubro de 2019, o Jornal Nacional fazia a cobertura ao vivo dos shows do Rock in Rio. Após conversar com o repórter Ari Peixoto, William Bonner aproveitou a deixa para fazer um desabafo.

“Eu preciso dizer que, aqui no ponto eletrônico que a gente usa para trabalhar, alguém teve a feliz ideia de colocar o retorno do Rock in Rio. Nós estamos com os metaleiros até agora. Pessoal da técnica, parabéns, muito obrigado por essa ideia. Estamos surdos”, disparou.

Enquanto Bonner ironizava, Renata Vasconcellos reagiu aos risos.

Relembre o momento:

https://twitter.com/beraldotv/status/1180296192057659392

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Bonner imita Galvão Bueno

Quem acompanha a trajetória de William Bonner sabe que, por trás das câmeras, ele tem a fama de ser uma pessoa descontraída. Mas não é sempre que ele tem a oportunidade de demonstrar essa faceta no ar. Mas toda regra tem a sua exceção.

Em 2018, enquanto Renata Vasconcellos estava na Rússia para a cobertura da Copa da Rússia, os dois titulares “batiam bola” a distância. Ao final de uma das edições, o apresentador fez uma homenagem inusitada para o principal narrador da Globo.

“E o Galvão Bueno escapou de ser zoado, hoje, por causa desse grito do ‘Taffareeeelll’. Ninguém lembrava mais desse grito. Foi maravilhoso. É épico”, disse depois de esganiçar a voz.

Relembre o momento:

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“Quase não me emociono”

Quando as pessoas estão mais sensíveis, tendem a se emocionar com facilidade. Qualquer situação pode se transformar em um “gatilho”. Em abril deste ano, ao encerrar uma das edições do JN, William Bonner demonstrou que é gente como a gente.

A reportagem destacava a bela iniciativa de uma moradora do Rio de Janeiro que, em tempos de pandemia, decidiu fazer shows de sua janela para trazer conforto aos vizinhos.

Tão logo o VT foi finalizado, Renata Vasconcellos “dedurou” o companheiro de bancada. O que se viu a seguir foi uma demonstração clara da cumplicidade entre os jornalistas.

“O Bonner ficou emocionado”, apontou Renata. “Não, eu não. Quase não me emociono. Fácil”, contrargumentou ele. “Eu vou encerrar [o telejornal], tá?”, finalizou a titular, fazendo uma gentileza para o colega.

Relembre:

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A pausa para o pedido de calma

Durante a pandemia, o Jornal Nacional exibiu alguns editoriais históricos, seja para conscientizar a sociedade sobre os cuidados com a doença ou para cobrar providências mais efetivas do governo.

Um dos primeiros e mais impactantes foi ao ar ainda em março. Em meio ao bombardeio de informações sobre o coronavírus, os titulares pararam o JN para fazer um apelo aos telespectadores.

“A gente vai fazer essa pausa, primeiro, para dizer simplesmente o que a gente fica repetindo um para o outro: calma. Não dá para começar o JN de hoje sem pedir calma. (…) O porquê desta pausa no JN: a gente também precisa respirar. A gente precisa entender que essa crise vai ter altos e baixos, vai exigir sacrifícios, mas, no fim, o Brasil e o mundo vão superar. Apesar da aflição, apesar da dor que muitas famílias estão enfrentando e outras ainda vão enfrentar, a gente vai superar esse momento junto e vai ser mais fácil quanto mais a gente mantiver a calma”.

Selecionamos apenas alguns trechos do discurso, mas ele pode ser conferido na íntegra no vídeo abaixo:

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William Bonner e o anúncio da morte de Roberto Marinho

Para fechar nossa retrospectiva de momentos em que William Bonner quebrou o protocolo no JN, o TV História resgata um episódio mais antigo, na época em que os âncoras não tinham tanta liberdade.

Em agosto de 2003, o noticiário fez uma cobertura especial para noticiar o falecimento de Roberto Marinho, fundador do Grupo Globo. Depois de apresentar a reportagem com as causas do obituário, coube a Bonner a missão de ler uma nota escrita pelos herdeiros.

Quase no final, no entanto, Bonner é traído pela emoção. Com a voz embargada, ele promete à equipe técnica que vai conseguir finalizar o comunicado.

Relembre:

Lembra de outros momentos marcantes ou inusitados de Bonner? Se o leitor se recorda de outros momentos em que Bonner “roubou a cena” no comando do JN, compartilhe conosco as suas lembranças nas redes sociais do TV História. Para toda a nossa equipe, é sempre um prazer interagir com outros fãs e preservar a memória da televisão. Até a próxima!

Sobre o autor

Piero Vergílio é jornalista profissional desde 2006. Já escreveu sobre diversos temas, mas há algum tempo, tem se dedicado ao que realmente gosta: trazer notícias sobre o universo da televisão. No Twitter, interage com outros fãs do veículo no perfil @jornalistavetv. Agora, sua história se cruza com a do TV História.

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