Pode esquecer: 5 novelas da Globo que dificilmente terão remake um dia

De Corpo e Alma

A Globo adora fazer remakes de suas novelas – e da concorrência também. Nos últimos anos, o público conferiu tramas como O Profeta, Ti-Ti-Ti, Guerra dos Sexos, Gabriela, O Astro e Haja Coração, entre outras. Boa parte dessas produções fez sucesso, outras, nem tanto. No momento, Pantanal está no ar, cumprindo sua missão com êxito.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pensando em seu vasto catálogo, quais tramas a emissora teria dificuldades para criar uma nova versão?

Separamos cinco delas abaixo:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De Corpo e Alma (1992)

Futuramente, algumas novelas de Glória Perez poderiam ganhar novas versões, menos De Corpo e Alma. A trama, exibida entre 1992 e 1993, ficou marcada para sempre pela tragédia envolvendo a filha da autora, Daniella Perez.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

A jovem atriz integrava o elenco da produção e foi assassinada por Guilherme de Pádua e sua então mulher, Paula Thomaz, em 28 de dezembro de 1992, em caso que comoveu o Brasil e até outros países.

Mesmo abalada, Glória levou a trama até o fim, mas combinou com a Globo que a novela nunca mais seria exibida. Neste caso, um remake também estaria fora de questão. Agora, o caso volta aos holofotes com o lançamento de um documentário sobre o crime.

Os Gigantes (1979)

Exibida no principal horário da emissora entre 1979 e 1980, a novela de Lauro César Muniz é considerado um dos maiores desastres da história da Globo, só não causando maiores prejuízos no Ibope por conta da falta de concorrentes de peso.

Estrelada por Dina Sfat, Tarcísio Meira e Francisco Cuoco, a história abordava temas depressivos como doenças, aborto, eutanásia e suicídio. Nunca reprisada, não garanto nem que vá entrar no Globoplay, até porque não se sabe se a Globo tem a íntegra da trama guardada.

A Gata Comeu (1985)

Sucesso de Ivani Ribeiro, A Gata Comeu já era um remake – foi baseada em A Barba Azul, exibida pela Rede Tupi entre 1974 e 1985. Cultuada por uma legião de fãs, a história, estrelada por Christiane Torloni e Nuno Leal Maia, dificilmente seria viável nos dias de hoje.

Inicialmente cotada para chamar-se Bateu, Levou (que acabou virando o bordão do personagem Fábio), a trama tem machismo e violência contra a mulher.

“Um remake dessa novela seria impossível na atualidade. Seriam necessárias tantas alterações no roteiro que os puristas reclamariam da descaracterização da trama. E manter o roteiro original esbarra em uma série de questionamentos de nossa sociedade moderna, tantos que praticamente inviabilizariam a produção”, escreveu nosso colunista Nilson Xavier.

Vale Tudo (1988)

Vale Tudo é considerada, por muitos críticos, como a melhor novela da história da televisão brasileira. É impressionante que se você assistir aos capítulos da produção nos dias de hoje, a trama ainda é bastante atual.

O problema para um remake no Brasil – já foi realizada uma versão para o mercado latino – seria a grande possibilidade de insucesso, mais ou menos o que aconteceu com Selva de Pedra em 1986.

Em entrevista à Folha de S.Paulo em 2010, a saudosa Beatriz Segall, intérprete da inesquecível Odete Roitman, disparou em fala dita há mais de 10 anos, mas que continua verdadeira:

“A Globo hoje não tem elenco para fazer um remake de Vale Tudo”.

O Dono do Mundo (1991)

Exibida entre 1991 e 1992, foi outro desastre da Globo e ainda contou com a concorrência da mexicana Carrossel, no SBT. Depois do sucesso de Vale Tudo, o público tinha grande expectativa pela nova história de Gilberto Braga, mas se decepcionou. O saudoso autor disse, em entrevistas, que errou na trajetória da mocinha, vivida por Malu Mader.

Apesar de ter sido exibida no Viva e ser até meio que cultuada hoje em dia, a trama só ganharia uma nova versão para tentar corrigir o que deu errado, mas isso se tornou praticamente impossível após a morte do novelista, ocorrida no ano passado.

Sair da versão mobile