5 nomes que brilharam e 5 que ficaram devendo em Um Lugar ao Sol
24/03/2022 às 23h06
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Com o final de Um Lugar ao Sol, podemos fazer um balanço sobre quem brilhou e quem ficou devendo – não por culpa dos artistas, é importante ressaltar.
Confira:
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Se destacaram:
Andréa Beltrão
A atriz estava afastada das novelas desde 2001, quando esteve em As Filhas da Mãe, trama das sete de Silvio de Abreu. Depois foram várias séries ao longo dos anos, onde fez mais sucesso no humor, como em A Grande Família e Tapas & Beijos.
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Após 20 anos longe dos folhetins, Andréa ganhou uma personagem cheia de camadas e bons conflitos. Fica difícil imaginar outra intérprete no papel, que parece escrito sob medida por Lícia. Embora seja um perfil coadjuvante, Rebeca teve muito destaque. Uma Helena de Manoel Carlos melhorada porque não teve o universo machista ao seu redor.
Alinne Moraes
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Alinne Moraes ganhou o melhor papel de Um Lugar ao Sol. Bárbara era um tipo complexo que não se enquadrava como mocinha e nem como vilã. Despertava ódio, ranço, empatia, pena e até torcida. Um poço de contradições emocionais. A atriz costuma se destacar em todo trabalho e engrandece qualquer produção que conta com seu talento. Ainda mais em tipos com intensa carga dramática.
Virou quase uma especialista em interpretá-los. Não foi diferente agora. Deu gosto vê-la e a novela perdia quando o capítulo tinha menos cenas da personagem. Um privilégio o público poder assistir uma profissional como Alinne em pleno horário nobre pronunciando o texto bem escrito de Lícia Manzo. Uma parceria que funcionou muito. Que seja a primeira de várias.
Ana Beatriz Nogueira
Ana Beatriz Nogueira merece todos os elogios pela composição da personagem. A atriz conseguiu emprestar seu carisma a Elenice. Inicialmente, era vista apenas como uma perua classista e 171. Era responsável pelas cenas mais engraçadas da trama. Mas depois foi mergulhando em um poço de falas preconceituosas.
Também acabou sendo algo comum sentir pena de Elenice, principalmente quando Christian a maltratava. E vale ressaltar que o protagonista tem toda razão para detestá-la. Afinal, acabou rejeitado por ela na hora da ‘adoção’ porque estava doente. Até hoje a mãe de Renato não sente qualquer remorso.
Mas ainda assim é possível sentir empatia por ela. Isso é fruto da boa construção de Lícia e da atuação irretocável de Ana. Na reta final, a atriz conseguiu brilhar ainda mais com a descoberta do Mal de Alzheimer. Suas cenas são angustiantes e emocionantes.
Juan Paiva
Juan se destacou logo na estreia quando Ravi teve sua primeira decepção amorosa assim que viu Lara (Andreia Horta) beijando Christian, pouco depois de ter sido apresentada a ele. O choro do personagem comoveu o público, que não demorou para comprar as dores do rapaz.
Ao longo dos capítulos, Ravi acabou se envolvendo com Joy (Lara Tremouroux), pichadora sem rumo na vida e que acabou engravidando. Ela queria abortar, mas Ravi a impediu e os dois viveram uma relação de casados, morando no mesmo apartamento (o que já era de Ravi) e com um filho para criar.
A parceria de Juan e Lara rendeu boas cenas, mas o ápice do ator foi no momento da morte da personagem, que caiu de um viaduto após ter traído Ravi e fugido de casa. Emocionou com a dor do rapaz. Já a dupla formada com Cauã Reymond é um êxito desde o começo. Os dois fazem uma dobradinha que surpreendeu.
Cauã Reymond
O ator protagoniza muitas cenas carregadas de dramaticidade em Um Lugar ao Sol. Lidar com um perfil que quase nunca sorri não é uma tarefa fácil. Como evitar uma apatia na atuação? O risco havia. Como já mencionado, Christian é um personagem repleto de armadilhas para qualquer ator.
O irmão de Renato não desperta empatia, torcida, identificação, nada. Mas ranço no telespectador o marido de Bárbara provoca. Só que não é um malvado clássico de folhetim.
Então como apresentar isso ao público? Ser o tipo central de um enredo e carregar todas as contradições que aquele homem foi desenvolvendo ao longo do tempo para atingir seu objetivo foi desafiador para Cauã. E o ator conseguiu entregar um bom trabalho, sendo necessário ainda destacar o show do ator na pele de Renato, mesmo com poucas cenas.
Ficaram devendo:
Fernando Eiras
O renomado ator esteve ótimo na pele de Teodoro, irmão de Elenice, em Um Lugar ao Sol. As suas cenas com Ana Beatriz Nogueira eram sempre maravilhosas. Porém, poucas.
Um intérprete tão talentoso e com uma carreira tão respeitada na TV e no teatro merecia um papel de maior importância na novela de Lícia Manzo. O personagem nem teve uma história para chamar de sua. Uma pena.
Ju Colombo
Após ter brilhado em Malhação – Viva a Diferença e Bom Sucesso, a atriz ganhou a doce Dalva em Um Lugar ao Sol. Porém, a personagem foi apenas a amiga de Noca.
Suas cenas com Marieta Severo eram ótimas, mas o perfil não teve conflitos próprios e funcionava apenas como escada para a avó de Lara (Andreia Horta). Merecia mais.
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Pathy DeJesus
A atriz ganhou a ambiciosa Ruth, de Um Lugar ao Sol. Amante e parceira de crimes de Túlio (Daniel Dantas), a personagem apareceu muito pouco ao longo da novela de Lícia Manzo. Era um perfil que poderia ter rendido bem mais, porém, serviu apenas como álibi e cúmplice para o marido de Rebeca (Andréa Beltrão).
Para culminar, nem teve seu desfecho exibido porque morreu no acidente de helicóptero que vitimou Túlio e a cena nem sequer foi gravada.
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Cláudia Mauro
A atriz teve poucas aparições ao longo da novela e só entrou na trama com mais da metade da história já no ar.
Helena era uma mulher gordofóbica e que superprotegia a filha Mel, que tinha Síndrome de Down, mas teve bem menos cenas do que merecia. Certamente o encurtamento da trama prejudicou o núcleo da personagem.
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Cláudia Missura
Conhecida do grande público pela empregada Janaína, de Avenida Brasil, a atriz viveu Lucília, irmã conservadora de Breno em Um Lugar ao Sol. Porém, a personagem mal aparecia e foi até difícil decorar seu nome.
Junto com ela, o talentoso Luiz Serra, intérprete de Domísio, pai de Breno, também apareceu muito pouco e por conta dos protocolos sanitários das gravações em plena pandemia.