A versão global de Pantanal finalmente vem aí! A emissora carioca confirmou a estreia da sua nova superprodução para o dia 28 de março.

Pantanal

Trata-se de uma nova versão da trama escrita por Benedito Ruy Barbosa, produzida e exibida pela extinta Rede Manchete em 1990. A adaptação é de Bruno Luperi, neto do autor.

Listamos cenas chocantes que deslumbraram o público que acompanhou a versão original da história, turbinando sua audiência e desbancando a hegemonia da Globo no início da década de 1990.

Será que em tempos de politicamente correto, de classificação indicativa e da patrulha do conservadorismo e do cancelamento, tais cenas, envolvendo nudez e violência, terão vez? Como será que a Globo vai lidar com essas situações nos dias de hoje?

Confira cinco exemplos abaixo:

Atores e atrizes nus em banhos de rio

Nunca o contato do homem com a natureza foi tão explícito como em Pantanal. Personagens como Juma (Cristiana Oliveira), Jovi (Marcos Winter), Guta (Luciene Adami), José Leôncio (Paulo Gorgulho), Madeleine (Ingra Liberato) e Irma (Carolina Ferraz) apareciam nus em longos banhos de rio ou em bucólicas cenas de amor.

Na época, o autor justificou que as cenas de nudez e sexo estavam dentro do contexto, afinal isso fazia parte do dia a dia da região.

Juma arrancando uma orelha após tentativa de estupro

Um dos grandes atrativos da trama era a transformação de Juma (Cristiana Oliveira) em onça. Mas, mesmo que ela não se transformasse, possuía características de autodefesa do felino.

Em uma das passagens da novela, a personagem sofre uma tentativa de estupro e, para se defender, chega a arrancar com os dentes a orelha do seu agressor, que, desesperado, foge para dentro do rio e acaba sendo devorado por famintas piranhas.

Peão devorado por piranhas

Pantanal

As piranhas, peixes carnívoros de água doce, fariam uma nova vítima. O peão mau caráter Levi (Rômulo Arantes) se envolve em uma briga com o fazendeiro Tenório (Antônio Petrin), homem grosseiro e de caráter duvidoso.

Ao tentar se esquivar de um tiro, acaba caindo no rio e é completamente devorado pelas piranhas.

Tenório castrando o peão Alcides

Pantanal

O também malvado Tenório era um homem bruto e mantinha uma relação de submissão com sua esposa Maria Bruaca (Ângela Leal).

No decorrer da história, ela decide se vingar do marido e acaba tendo um tórrido caso de amor com o peão Alcides (Ângelo Antônio), empregado da fazenda. Ao flagrar ambos, Tenório castra o peão, numa das cenas mais aguardadas da trama e de maior audiência da produção.

Uma reportagem da Folha de S.Paulo, em 16 de novembro de 1990, comentou a cena:

“O ápice dessas sequências foi, naturalmente, a cena da castração. Muito sangue, muita cara feia de dor e pavor. Todos os elementos necessários para fazer parecer real, mesmo sem mostrar o fato consumado”.

[anuncio_5]

Alcides atravessa uma lança na barriga de Tenório

Mais violenta que a castração do peão Alcides foi a morte de Tenório, praticada pelo peão castrado. Na cena, Alcides e Zaqueu (João Alberto Pinheiro) ficam à espreita, esperando Tenório aparecer.

Acontece uma rápida discussão e Alcides avança com uma lança pra cima do fazendeiro, que já estava preparado para dar um tiro nele. Ele se distrai com o mordomo Zaqueu, que acaba sendo alvejado.

Alcides aproveita essa distração e acerta a lança na barriga de Tenório, atravessando o corpo dele. Muito sangue exibido em todos os detalhes.

Compartilhar.
Avatar photo

Sebastião Uellington Pereira é apaixonado por novelas, trilhas sonoras e livros. Criador do Mofista, pesquisa sobre assuntos ligados à TV, musicas e comportamento do passado, numa busca incessante de deixar viva a memória cultural do nosso país. Escreve para o TV História desde 2020 Leia todos os textos do autor