Confira os principais fatos que aconteceram no dia 17 de fevereiro na história da televisão brasileira:

No dia 17 de fevereiro de 1967, terminava a novela O Sheik de Agadir (Globo).

Trama de Glória Magadan para a faixa das 21h30; mais uma vez, centrada nos dilemas de personagens e terras distantes da realidade brasileira. Aqui, o sheik Omar Ben Nazir (Henrique Martins) se apaixona pela francesa Jeanette Legrand (Yoná Magalhães). Ele, porém, busca uma aliança com os alemães; mesmo com os nazistas que estão invadindo a França. Desta forma, se opõe à amada e ao capitão francês Maurice Dumont (Amilton Fernandes). O Sheik de Agadir também fez sucesso com o serial killer Rato – a princesa Éden (Marieta Severo). E pelo contexto político que fazia Magadan tremer: ela se opôs às presenças de Mário Lago, por ser “comunista como Fidel Castro”, e Sebastião Vasconcelos, por se assemelhar ao político na aparência.

No dia 17 de fevereiro de 1975, estreava a novela Meu Rico Português (Tupi).

Escrita e dirigida por Geraldo Vietri, Meu Rico Português tomou precisos pontos da concorrente Cuca Leal, de Marco Rey, no ar na Globo, às 19h. Era a trajetória de Severo Salgado Salles (Jonas Mello), que estudou medicina em Portugal, mas fez carreira no Brasil como dono de imobiliária – em sociedade com o alemão Rudolph (Cláudio Corrêa e Castro), que adota, com a esposa Gertrude (Elizabeth Hartmann), o menino negro Fritz (Odair Toledo). Severo salva a vida de Veridiana Magalhães (Dina Lisboa), ganhando a simpatia da milionária viúva, alvo de cunhados interesseiros e da sobrinha Walkiria (Márcia Maria), que, mesmo noiva de Ricardo Alexandre (Paulo Figueiredo), não resiste ao charme do português.

No dia 17 de fevereiro de 1984, terminava a novela Eu Prometo (Globo).

A Globo reeditou o horário das 22h, mantendo Janete Clair – a maga “das oito” -, então adoentada, em atividade. A autora, contudo, não chegou ao fim da novela: Janete faleceu em 16 de novembro de 1983; seu marido Dias Gomes e a colaboradora Glória Perez conduziram a produção até o fim. Em foco, a crise na vitoriosa carreira política de Lucas Cantomaia (Francisco Cuoco). Apaixonado por Kelly (Renée de Vielmond), Lucas abandona a esposa, Darlene (Dina Sfat), tornando-se alvo de críticas da opinião pública e de manobras escusas de seu genro e assessor, Albano (Ney Latorraca) – que explora, inclusive, a prisão do irmão de Cantomaia, Justo (Marcos Paulo), condenado por homicídio.

No dia 17 de fevereiro de 1997, estreava a novela A Indomada (Globo).

Adriana Esteves e Eva Wilma estiveram à frente desta produção, como Lúcia Helena e Maria Altiva; a primeira, fruto de um amor proibido, que casa-se com o forasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer), reavendo a fortuna dos Mendonça e Albuquerque, cobiçada pela segunda, sua tia. No elenco: Ary Fontoura, Betty Faria, Cláudio Marzo, Eliane Giardini, Luiza Tomé, Marcos Frota, Paulo Betti, Renata Sorrah e Selton Mello. Os autores Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares também criticavam a influência dos americanos nos hábitos e modismos dos brasileiros, partindo de Greenville, cidade nordestina colonizada por ingleses.

No dia 17 de fevereiro de 2002, estreava o reality show Casa dos Artistas 2 (SBT).

Dois meses após o término da primeira (e icônica) temporada, Silvio Santos retomava o reality-show que deu a liderança ao SBT. Rafael Vanucci foi o grande campeão da edição, que reuniu as ex-assistentes de palco de Luciano Huck, na Band, Suzana Alves (a Tiazinha) e Joana Prado (a Feiticeira) – que engatilhou um romance com Vitor Belfort, com quem é casa até hoje. Também se apaixonaram os atores André Gonçalves e Cynthia Benini e Ellen Roche e Ricardo Macchi. A presença de Carola Scarpa, responsável por inúmeros conflitos durante o confinamento, foi outro atrativo da ‘Casa 2’. Ela acabou desistindo da participação, bem como o rapper Xis.

No dia 17 de fevereiro de 2003, estreava a novela Mulheres Apaixonadas (Globo).

Folhetim de Manoel Carlos que, literalmente, “parou o país”! Uma das maiores audiências do horário das 20h nos anos 2000, Mulheres Apaixonadas focou suas atenções não só na protagonista Helena (Christiane Torloni) – que vivia entre os afagos e as traições de César (José Mayer) e Téo (Tony Ramos) -, como também em personagens periféricos que debatiam temas importantes: a violência doméstica que Raquel (Helena Ranaldi) sofria, o alcoolismo de Santana (Vera Holtz), a virgindade de Edwiges (Carolina Dieckmann), o ciúme possessivo de Heloísa (Giulia Gam), o preconceito de Dóris (Regiane Alves) para com os avós e o casal vítima de homofobia Clara (Alinne Moraes) e Rafaela (Paula Picarelli), dentre outros.

Compartilhar.
Avatar photo

Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.