10 novelas que não tiveram a mesma sorte de Todas as Flores
20/10/2022 às 9h15
Estrelada por nomes como Regina Casé (foto abaixo), Todas as Flores iniciou sua trajetória no Globoplay nesta quarta (19). Além disso, a novela de João Emanuel Carneiro, que originalmente seria mostrada na vaga atualmente ocupada por Travessia, deverá ir ao ar na Globo em 2023.
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Apesar de ter sido “rebaixada” para o streaming, a trama teve sorte, já que poderia ter sido simplesmente cancelada e engavetada, como aconteceu com inúmeras histórias que chegaram a ser anunciadas, mas nunca saíram do papel.
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Confira 10 exemplos de novelas canceladas pela emissora:
A Dança da Vida
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Maria Adelaide Amaral foi convocada para a Globo para levantar a faixa das seis em 2002. Assim nasceu A Dança da Vida, que seria protagonizada por Adriana Esteves e Fábio Assunção.
O problema é que a novela mexia com temas espinhosos, como a política, e acabou, por determinação da Justiça, sendo proibida de ir ao ar, por ser um ano eleitoral. Para tapar o buraco, a Globo correu para fazer Coração de Estudante.
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Maria Adelaide voltaria a abordar a política somente em A Lei do Amor, fiasco que a emissora produziu em 2016 na faixa das nove.
O Tempo e o Vento
Alguns anos antes de fazer a minissérie homônima baseada na obra de Érico Veríssimo, a Globo produziria uma adaptação de Manoel Carlos. A trama seria exibida em 1979, na faixa das seis, com Elizabeth Savalla como Ana, a matriarca dos Terra Cambará.
O alto custo de produção, contudo, numa época de contenção de desposas, inviabilizou a atração.
Medalha de Ouro
Após participações em sucesso em Sassaricando e na TV Pirata, Cláudia Raia estava em alta na Globo no final dos anos 1980. A atriz seria a protagonista de Medalha de Ouro, novela das seis que acabou não saindo do papel no primeiro semestre de 1990.
Na trama, que seria ambientada em Sorocaba, no interior de São Paulo, a atriz viveria uma jogadora de basquete. A rainha Hortência também estava cotada para participar da história.
A história de Marcílio Moraes e Regina Braga chegou a ter alguns capítulos escritos, mas foi suspensa. Cláudia acabou sendo integrada ao elenco de Rainha da Sucata, onde teve êxito como Adriana Ross, a “bailaria da coxa grossa”.
Escândalo
Em 1998, o autor Miguel Falabella estava escrevendo uma novela chamada Escândalo, que misturava jornalismo e política. De acordo com o autor, a trama teria um jornal decadente, que estaria cheio de dívidas. Precisando de um escândalo para sobreviver, eles arrumariam uma mocinha para acabar com a vida dela e noticiar no impresso.
Sem maiores explicações, a Globo elegeu a regionalista Meu Bem Querer, de Ricardo Linhares, para substituir Corpo Dourado, de Antônio Calmon. Alguns elementos de Escândalo foram reaproveitados em A Lua Me disse, obra que o autor levou ao ar em 2005 na mesma emissora, e na série A Vida Alheia.
O Descobridor dos Sete Mares
A autora Márcia Prates iria escrever a substituta do remake de Ti-Ti-Ti no horário das 19 horas da Globo. Ela entregou a sinopse de O Descobridor dos Sete Mares, que seria toda ambientada em um navio.
Os altos custos que a produção teria foi um dos motivos que a fizeram ser cancelada. O outro motivo é que o autor João Emanuel Carneiro estava cotado para ser o supervisor da novela, porém já estava ocupado demais preparando o que viria a ser o mega sucesso Avenida Brasil.
O Descobridor dos Sete Mares acabou sendo substituída por Morde e Assopra, de Walcyr Carrasco.
Trem Bom
Prevista inicialmente para estrear em janeiro de 2016, na faixa das seis, a novela Trem Bom foi definitivamente cancelada pela Globo. A direção de teledramaturgia da emissora reprovou os primeiros capítulos apresentados pelo estreante Maurício Gyboski.
A trama, sobre uma dupla de música sertaneja, já tinha perdido a vez na fila das novelas do horário para Êta Mundo Bom, de Walcyr Carrasco.
A produção, que já tinha até diretor (Jayme Monjardim), se passaria em uma cidade fictícia do interior de São Paulo. Teria duas famílias rivais: uma dona de uma gravadora e outra, com dois talentos do sertanejo, os irmãos Cairo e Argel. Cairo, um habilidoso peão de boiadeiro, trabalharia para o vilão da história, Juca Jobim.
Astros da música, como Luan Santana e Michel Teló, foram cogitados para fazer participações na trama, enquanto Daniel foi sondado para fazer parte do elenco. Os protagonistas do folhetim, Cairo e Argel, seriam vividos por Chay Suede e Joaquim Lopes. Juliano Cazarré seria Quito, o 3º irmão, que não cantava. Já Tonico Pereira faria o antagonista Juca.
Anos Modernos
Ainda em 2016, a novela que substituiria Sol Nascente, de Walther Negrão, seria uma trama de Claudia Lage, coautora de Lado a Lado, chamada Anos Modernos. No entanto, a sinopse de Claudia, sobre uma médica sufragista nos anos 1920, foi reprovada pela direção de teledramaturgia da Globo.
No lugar de Anos Modernos, a Globo escalou Novo Mundo, que foi reprisada no ano passado e agora tem uma continuação no ar, Nos Tempos do Imperador.
Jogo da Memória
Recentemente titular da faixa das nove da Globo, com Um Lugar ao Sol, Lícia Manzo iria fazer a novela Jogo da Memória em 2017. A trama, que deveria ser exibida na faixa das 23 horas, foi cancelada subitamente pelo então chefe da teledramaturgia da emissora, Silvio de Abreu.
A alegação foi que a obra não tinha estrutura para se sustentar por 90 capítulos – esse era o número estabelecido por ele para a produção da faixa, então chamada de supersérie. Após várias informações desencontradas, foi divulgado que o enredo seria transformado em minissérie, com exibição em 2018. No entanto, a produção acabou engavetada, pelo visto para sempre.
Novela feminista
Sem título provisório definido, uma novela de Alcides Nogueira que estava na fila da faixa das 18 horas foi cancelada pela Globo. A trama, que estrearia em 2020, abordaria o movimento sufragista, que lutou pelo direito das mulheres ao voto no Brasil.
Originalmente, a novela feminista substituiria Nos Tempos do Imperador, que acabou tendo sua estreia adiada mais de uma vez. No entanto, a sinopse acabou sendo reprovada por Silvio de Abreu; a Globo resolveu produzir Além da Ilusão, de Alessandra Poggi.
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Feira das Vaidades
Após o fracasso de Babilônia, Feira das Vaidades marcaria o retorno de uma novela de Gilberto Braga ao vídeo. A trama seria baseada em Vanity Fair, romance de William Makepeace, lançado em 1848.
A história, ambientada no Rio de Janeiro, havia sido adaptada para os anos 1920, teria direção de Dennis Carvalho e provavelmente marcaria a volta de Malu Mader à emissora. No entanto, pouco antes da morte do autor, Feira das Vaidades foi cancelada pela direção da Globo.