Escolha difícil: os 10 melhores papeis da carreira de Tarcísio Meira

30/12/2021 às 5h00

Por: Redação
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O ano de 2021 ficará marcado pela perda de grandes artistas da televisão brasileira, entre eles o maior galã. Em 12 de agosto, Tarcísio Meira morreu aos 85 anos.

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O ator fez mais de 60 trabalhos, a maioria deles na Globo, e emendou atuações inesquecíveis em tramas não menos marcantes.

Confira os 10 melhores personagens dele na lista:

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João Coragem – Irmãos Coragem

Na trama de Janete Clair, João Coragem era filho de Sinhana (Zilka Sallaberry) e Sebastião (Antônio Victor), e irmão de Jerônimo (Cláudio Cavalcanti) e Duda (Cláudio Marzo). Tinha seu próprio garimpo e era um dos principais opositores de Pedro Barros (Gilberto Martinho). Durante a trama, virou líder de um grupo de garimpeiros justiceiros e se envolveu com a filha do seu inimigo, Lara (Glória Menezes).

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A novela consagrou Tarcísio de vez, principalmente junto ao público masculino, que não costumava acompanhar novelas.

Antônio Dias – Escalada

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No início de Escalada, Antônio Dias era um simples caixeiro-viajante, dinâmico e ambicioso, que chega ao interior de São Paulo disposto a subir na vida, angariando a antipatia do cafeicultor Armando (Milton Moraes). Aposta todas as suas fichas na plantação de algodão, mas sua inexperiência, somada à oposição constante de Armando, o levam a perder toda a safra e a falir.

Na segunda fase da novela, continua casado com Cândida (Susana Vieira), apesar de amar Marina (Renée de Vielmond), a irmã do rival, e é pai de Ricardo (Júlio César / Mário Cardoso). A vida de Antônio muda quando ele conhece o industrial italiano Valério Fachini (Sérgio Britto), dono de uma firma de materiais de construção. Os dois se tornam sócios e decidem se arriscar numa aventura: a construção de Brasília. Antônio enriquece, separa-se de Cândida, casa-se com Marina e arremata as terras de Armando.

Felipe Alcântara – Guerra dos Sexos

Acostumado a fazer galãs sérios, aqui Tarcísio pôde exercer sua veia humorística. Felipe era o filho adotivo de Charlô (Fernanda Montenegro) e seu único herdeiro. Por se dar muito bem com Otávio (Paulo Autran), também era o único herdeiro do tio, de quem era braço direito na cadeia de lojas.

Era machista e teimoso como ele. Casou-se e separou-se várias vezes por conta de uma incompatibilidade natural com as mulheres, apesar do desejo que sente por elas. Era pai de Juliana (Maitê Proença) e Analu (Angela Figueiredo), as quais mimava em excesso.

Capitão Rodrigo – O Tempo e o Vento

Tarcísio participou da terceira fase da minissérie, chamada “Um certo capitão Rodrigo”, que contou a formação do gaúcho no século XIX. O personagem chega a Santa Fé em 2 de novembro de 1828, dia de finados. No cemitério local, pede informações sobre a cidade para a família Cambará, que reza sobre o túmulo de Ana Terra. A atração entre ele e Bibiana (então Louise Cardoso) foi imediata. Rodrigo passa a disputar a bela jovem com Bento Amaral (Breno Bonin) e vence o embate. Os dois, apaixonados, se casam, mesmo contra a vontade da família Cambará. O maior objetivo do capitão Rodrigo é alargar as fronteiras do estado e, para isso, é capaz de lutar até a morte. Visto como um forasteiro, desperta ódio e revolta de alguns, especialmente dos poderosos locais. Um dia, os soldados de Bento Gonçalves se aproximam da região, e ele, em prol de seus ideais, se engaja na Guerra dos Farrapos (1835 – 45), deixando a mulher e o filho pequeno. Acaba morrendo, atingido por uma bala traiçoeira.

Hermógenes – Grande Sertão: Veredas

Em 1985, no auge da fase “galã maduro”, Tarcísio aceitou viver um vilão grotesco, Hermógenes, na minissérie Grande Sertão: Veredas. Durante a trama, o chefe do bando de Riobaldo (Tony Ramos), Joca Ramiro (Rubens de Falco), é assassinado pelo traidor Hermógenes. Revoltado, Riobaldo jura vingança e o persegue por toda a região. No combate derradeiro com Hermógenes e seus homens, Riobaldo consegue se vingar, mas, para sua tristeza, seu oponente mata Reinaldo (Bruna Lombardi) durante a luta. Ao final, na hora em que lava o corpo de Diadorim, Riobaldo descobre que seu querido companheiro era, na verdade, uma mulher, Deodorina, filha de Joca Ramiro.

Renato Villar – Roda de Fogo

Bonito, charmoso e elegante, de extraordinária vitalidade. Sua fortuna, calculada em vários milhões de dólares, teve início com seu pai, Antonio Villar (Mário Lago). Mas o grande salto veio após o casamento com Carolina (Renata Sorrah), filha de ricos proprietários de terras. Dono de um império, Renato preside uma holding de várias empresas. Sua projeção originou propostas para que ingresse na política, o que era muito bem visto pela família e pelos associados.

Renato era um homem frio, implacável na realização de seus objetivos. Orgulhoso, prepotente e arrogante, sabia exercer grande fascínio sobre os outros, quando queria. Com Carolina, mantinha uma relação burocrática; não havia amor entre os dois. Restaram apenas o interesse econômico de ambas as partes e as conveniências sociais.

Tudo muda quando ele descobre que tem um angioma numa região nobre do cérebro. Sem possibilidade de operação, restam-lhe seis meses de vida. Renato se isola, muda completamente de atitude, se aproxima do filho bastardo, Pedro (Felipe Camargo), cria uma fundação e promove a derrocada de todos os seus inimigos, antes de morrer nos braços da amada, a juíza Lúcia Brandão (Bruna Lombardi).

Euclides da Cunha – Desejo

Aqui, Tarcísio voltou a viver um personagem histórico. Após ser nomeado engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil, Euclides da Cunha passa a viajar com frequência. Sua mulher, Ana (Vera Fischer), a Saninha, se envolve com o jovem Dilermando de Assis (Guilherme Fontes), aspirante do Exército.

Decidido a acabar com o romance, o autor de Os Sertões sai de casa armado e flagra o casal na casa do amante. Começa o tiroteio e Euclides é morto. O fato dá origem a outros acontecimentos, que tornam a trama cada vez mais trágica.

Giuseppe Berdinazzi – O Rei do Gado

Mesmo participando somente da primeira fase da novela, Tarcísio conseguiu se destacar no papel de Giuseppe Berdinazzi. Tratava-se de um italiano proprietário de uma fazenda de café, igualmente obstinado e passional ao defender seus interesses, assim como Mezenga (Antonio Fagundes). Vivia em guerra declarada com o vizinho por causa de uma faixa de terra localizada na divisa das duas fazendas, que não fica bem delimitada nas respectivas escrituras.

Era casado com Marieta (Eva Wilma) e tinha quatro filhos: Bruno (Marcello Antony), Giácomo Guilherme (Manoel Boucinhas), Geremias (Caco Ciocler) e Giovanna (Letícia Spiller). Pai amoroso, mas severo, mantinha os filhos sob absoluta autoridade, e esperava que eles tenham pela família Mezenga o mesmo sentimento rancoroso.

Encarava como uma afronta imperdoável o fato de sua filha amar Henrique (Leonardo Brício). Concorda com o casamento apenas pela promessa de receber o pedaço de terra pelo qual briga há muitos anos. Como o acordo não é cumprido, arrasta a filha de volta para casa, e a tranca a sete chaves. Sofre um grande desgosto quando Giovanna foge com o marido. Mais ainda quando também fica sem Bruno, que morre na guerra. Acabou seus dias completamente louco.

Dom Jerônimo – A Muralha

Antes do início das gravações, o personagem Dom Braz Olinto (Mauro Mendonça) foi oferecido a Tarcísio, mas ele preferiu viver o asqueroso Dom Jerônimo. Na trama, o comerciante escravizava Ana (Letícia Sabatella), que lhe fora prometida em casamento. Inimigo de Dom Braz e síntese da hipocrisia religiosa de seu tempo, satisfazia seus desejos sexuais estuprando a índia Moatira (Maria Maya).

No final, manda prender os supostos hereges, que são condenados à fogueira. No entanto, Guilherme (Alexandre Borges), que se envolveu com Ana, esfaqueia o vilão, que acaba morto em uma das fogueiras que ele mesmo acendeu.

Bóris – O Beijo do Vampiro

Em 2001, Tarcísio se aproximou das novas gerações ao viver o fotógrafo João Medeiros em Um Anjo Caiu do Céu. No ano seguinte, ele conquistou as crianças e os adolescentes de vez com o vampiro Bóris, de O Beijo do Vampiro. Com 800 anos de idade, seu grande objetivo era ter um descendente, já que a raça dos vampiros estava praticamente dizimada no planeta. Ele também precisava ter um filho para que não fosse rebaixado na escala hierárquica dos vampiros.

Entretanto, apesar de seu egoísmo e crueldade, Bóris era, no fundo, um personagem simpático e bem-humorado. Ele se esforçava para conquistar o filho, Zeca (Kayky Brito). Bóris era também uma figura extremamente romântica, sedutora e sensual, atraindo todas as mulheres de forma quase hipnótica, menos a que mais desejava, Lívia (Flávia Alessandra), seu amor imortal, a quem tenta conquistar tomando posse do corpo do jovem arquiteto Rodrigo (Alexandre Borges). Na trama, tinha uma fiel companheira, a vampira Mina (Claudia Raia).

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