Voz fina e amantes: 10 fatos de Dom Pedro II que a Globo não vai mostrar
26/12/2021 às 14h39
A estrela de Nos Tempos do Imperador, atual novela das seis da Globo, é Dom Pedro II, pela primeira vez abordado em novelas da emissora. O personagem, vivido por Selton Mello, tem algumas curiosidades em sua trajetória que provavelmente não serão destacadas na trama.
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Confira 10 exemplos na lista:
Nome gigante
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Nascido em 2 de dezembro de 1825 no Paço de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, recebeu seu nome de batismo em homenagem a São Pedro de Alcântara.
O nome completo de D. Pedro II era Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.
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Gigante, né? Só não era maior que o nome de seu pai Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.
Ama de leite
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Tornou-se órfão de mãe com apenas um ano de idade. Foi criado pela ama suíça Marianna Carlota de Verna Magalhães (chamada de Dadama pelo príncipe), que foi sua ama de leite.
Criança regente
Em 2 de agosto de 1826, após a morte dos irmãos mais velhos, foi reconhecido como herdeiro da coroa do império brasileiro.
Por isso, quando Dom Pedro I abdicou do trono e voltou para Portugal, em 7 de abril de 1831, deixou o filho, com apenas cinco anos de idade, como regente.
Golpe da maioridade
Dom Pedro II foi declarado maior de idade com 14 anos, no episódio que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.
Esta ação foi defendida inicialmente pelos liberais, que viam na proposta uma forma de trazer estabilidade política ao país, mas também de afastar os conservadores do poder. Com isso, o herdeiro foi coroado imperador antes dos 18 anos, convertendo-se em Dom Pedro II.
Sem reajuste
Dom Pedro II rejeitou todas as propostas de aumento salarial aprovadas no Parlamento Brasileiro e recebeu o mesmo salário durante seus 49 anos como regente do nosso país.
Voz fina
Alguns relatos orais da época contam que o imperador experimentou sorvete aos oito anos de idade e o gosto pela sobremesa foi tamanho que teria levado o menino a contrair laringite.
O tratamento de raspagem de pus nas amígdalas teria afetado permanentemente as cordas vocais do Imperador que, apesar dos quase 2 metros de altura, tinha a voz fina.
Correios
Apaixonado pela arte, a ciência e a astronomia, D. Pedro II trocava correspondências com grandes escritores e intelectuais da época, como Victor Hugo, Friedrich Nietzsche, Louis Pasteur e até mesmo com Charles Darwin (foto acima).
Além disso, pouca gente sabe, mas o Dia Nacional da Astronomia é comemorado aqui no Brasil na mesma data do aniversário de Dom Pedro II, 2 de dezembro.
Ele adorava observar os astros e mantinha um observatório privado no terraço de seu palácio.
Casamento por retrato
O governo do Reino das Duas Sicílias ofereceu a mão da princesa Teresa Cristina para casar-se com o Imperador. Dom Pedro II aceitou ao ver um retrato dela e casou-se por procuração, em Nápoles, em 30 de maio de 1843.
Ao conhecer a esposa pessoalmente o imperador ficou decepcionado, pois a pintura que havia recebido era claramente uma idealização.
A Teresa Cristina real era baixa, um pouco acima do peso, coxa e apesar de não ser feia, também não era bonita. No entanto, ambos permanceram casados por toda a vida e tiveram quatro filhos.
Várias amantes
O governante tinha fama de bom moço, porém há relatos de que ele teve seu séquito de amantes. Além de seu conhecido caso com a Condessa de Barral (Mariana Ximenes), o Imperador teria vivido tórridos romances com a Condessa de Villeneuve, de origem espanhola, e com a Condessa de La Tour, nascida na França.
Cartas inéditas não apenas revelam pedidos por fotos, fios de cabelo e cálidas declarações de amor, como mostram a face “malandra” do imperador, que se dizia exclusivamente apaixonado por cada uma das amantes (ao mesmo tempo).
Pirâmides
Assim como muitos pessoas que viajam pelo mundo, Dom Pedro II gostava de escrever o próprio nome pelos locais onde passava.
No Egito, por exemplo, escreveu seu nome nas pedras externas da Pirâmide de Quéops, no sarcófago da mesma pirâmide e em uma ruína próxima de onde acampou. Deixou também uma inscrição numa rocha em Imatra, na Finlândia, em 1876.