Muitas vezes, o amor pela arte fala mais alto mesmo quando existe algum problema de saúde envolvido. Este é o caso dos famosos que listamos abaixo: boa parte participou de suas últimas atrações na telinha mesmo já estando debilitados. Outros, pegaram o público de surpresa.

Confira:

Gláucio Gil

Show da Noite

Você sabia que um apresentador da Globo morreu no ar, ao vivo, enquanto o público assistia ao programa? Comandado por Gláucio Gil, o Show da Noite rapidamente alcançou grande popularidade no Rio de Janeiro, até que foi acometido por um fato trágico.

No dia 13 de agosto de 1965, Gláucio, então com 33 anos de idade, sentiu-se mal durante a apresentação, deitou-se no sofá do estúdio e faleceu, vítima de um infarto fulminante. A emissora imediatamente saiu do ar.

Em seguida, uma multidão apareceu na porta da Globo para saber o que havia acontecido.

Flávio Cavalcanti

Flavio Cavalcanti

Lendário apresentador da televisão brasileira, Flávio Cavalcanti comandava seu programa no SBT na noite de 22 de maio de 1986.

Ele fez uma rápida entrevista e pediu os comerciais com seu gesto característico de levantar o dedo indicador.

Após o intervalo, um dos jurados, Wagner Montes, anunciou que ele havia passado mal e encerrou a atração. Flávio sofreu uma isquemia cardíaca durante o programa e foi internado logo em seguida.

Ele morreu quatro dias depois, aos 63 anos. Em sinal de luto, o SBT ficou fora do ar o dia inteiro, informando que retomaria sua programação após o enterro do jornalista.

Dina Sfat

A atriz atuou pela última vez na televisão em Bebê a Bordo, exibida entre 1988 e 1989. Em 1985, ela foi diagnosticada com um câncer no seio e logo iniciou o tratamento. Paralelamente, continuou a trabalhar.

Dina seguiu normalmente até o final da novela, apesar de sofrer com a doença. Ela passou por algumas cirurgias entre 1986 e 1988, mas acabou tendo metástase. A Globo ajudou a atriz, custeando a importação de remédios americanos recomendados por médicos brasileiros – um deles custava US$ 2 mil o frasco. No começo de março, ela passou por nova quimioterapia e ficou internada, em estado grave.

“Foi muito penoso para todos nós vê-la piorar durante a novela. Eu tinha que poupá-la muito fisicamente, já não podia escrever cenas externas para ela. Chegamos a falar com um dos médicos se seria o caso de afastá-la do trabalho, mas ele falou ‘Pelo contrário! Vocês devem mantê-la, porque, quando acabar a novela, ela vai morrer’. Realmente, a novela acabou em fevereiro de 1989 e a Dina Sfat morreu em março do mesmo ano”, comentou Carlos Lombardi ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia, do projeto Memória Globo.

Pouco mais de um mês após o final de Bebê a Bordo, em 10 de fevereiro de 1989, Dina Sfat morreu, em 20 de março do mesmo ano, aos 50 anos, no Rio de Janeiro (RJ). Seu corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do Caju, na mesma cidade.

Lauro Corona

Há 32 anos, no dia 20 de julho de 1989, o Brasil perdia o talento de Lauro Corona. Sua morte ocorreu um mês e meio após o final de seu último trabalho, Vida Nova, novela das seis da Globo. Corona se afastou da produção em fevereiro de 1989 para se tratar das complicações decorrentes do vírus da Aids.

O caso comoveu o Brasil, ainda mais depois da bela cena de despedida do personagem, o português Manoel Vitor. Ele partiu de volta para sua terra-natal, em um carro escuro, em noite de chuva e declamou, em off, um poema de Fernando Pessoa.

De acordo com reportagens da época, o ator se isolou em uma chácara e havia a expectativa de que ele pudesse retornar às gravações na reta final. Mas isso não ocorreu.

Cassiano Gabus Mendes

Cassiano Gabus Mendes

Pioneiro da televisão brasileira e autor de grandes sucessos da Globo, como Anjo Mau, Locomotivas, Elas por Elas, Brega & Chique e Que Rei Sou?, Cassiano Gabus Mendes morreu enquanto sua última trama ainda estava no ar.

Entre 29 de março e 3 de setembro de 1993, a Globo exibiu O Mapa da Mina. Marcada pelo insucesso, a trama encerrou melancolicamente a carreira do novelista.

Cassiano morreu em 18 de agosto de 1993, aos 64 anos, vítima de um enfarte do miocárdio. Naquela altura, já havia concluído todos os capítulos da trama – a Globo tentou convencê-lo, desde o início, a escrever no computador, o que ele negou, deixando a tarefa de passar para o aparelho aquilo que redigia na máquina de escrever para o colaborador Gugu Keller.

O autor foi homenageado no último capítulo de O Mapa da Mina, com um depoimento de seu amigo Lima Duarte e os créditos de encerramento subindo em silêncio.

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Thales Pan Chacon

De acordo com sua família, o ator convivia com o vírus da Aids desde 1987, mas nunca assumiu o fato publicamente. Após ficar algum tempo afastado da televisão por motivos de saúde, retornou ao vídeo no remake de Os Ossos do Barão produzido pelo SBT, falecendo menos de um mês depois do final da produção.

O profissional participou da trama bastante debilitado.

“Segundo assessores da emissora, as gravações de suas cenas na novela, que aconteceram até abril de 97, precisavam ser interrompidas constantemente para que ele pudesse descansar”, informou matéria da Folha de S.Paulo.

Thales Pan Chacon morreu no dia 2 de outubro de 1997, aos 41 anos, em decorrência de uma parada respiratória, em sua casa, em Higienópolis, em São Paulo.

Armando Bógus

Armando Bógus começou a sentir os sintomas de leucemia durante as gravações de Meu Bem, Meu Mal, entre 1990 e 1991, mas foi diagnosticado como anêmico, repousando após a novela. A doença voltou a incomodar durante Pedra Sobre Pedra, quando ele viveu o vilão Cândido Alegria.

Ao final das gravações, o ator viajou para os Estados Unidos, fazendo exames clínicos completos em Boston e Nova York, quando os médicos americanos diagnosticaram um tipo de leucemia. Posteriormente, Bógus retirou o baço no Hospital Sírio-Libanês.

Ele morreu em 2 de maio de 1993, aos 63 anos, dois meses após ser internado para tratamento. Seu último trabalho foi na minissérie Sex Appeal, quando fez uma participação especial – ele morreu um mês antes da estreia.

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Cláudia Magno

Claudia Magno

Em Sonho Meu, que está sendo exibida pelo canal Viva, ela interpretava a enfermeira Josefina. No entanto, ela não chegou a completar seu último trabalho. Portadora do vírus HIV, ela se afastou do elenco da novela quando seu estado de saúde piorou.

No dia 7 de dezembro de 1993, Cláudia foi internada na Clínica São Vicente com sintomas de pneumonia dupla, que evoluiu para um quadro de infecção respiratória e posterior infecção generalizada.

A atriz morreu no dia 5 de janeiro de 1994, aos 35 anos. Ela foi sepultada no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

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Gianfrancesco Guarnieri

O último trabalho de Gianfrancesco Guarnieri na televisão foi a novela Belíssima, entre 2005 e 2006. Vivendo Pepe na trama de Silvio de Abreu, o ator já se tratava havia quatro anos de uma insuficiência renal crônica.

Quando a doença se agravou, acabou se afastando da novela e não voltou mais, recebendo uma homenagem no último capítulo, quando Murat (Lima Duarte) falou com o amigo ao telefone.

Guarnieri morreu em 22 de julho de 2006, aos 71 anos, após 50 dias de internação no Hospital Sírio-Libanês. Ele foi enterrado no cemitério Jardim da Serra, em Mairiporã (SP), cidade onde morava.

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Domingos Montagner

Velho Chico

Domingos Montagner, protagonista de Velho Chico, morreu no dia 15 de setembro de 2016, aos 54 anos, ao mergulhar no município de Canindé, Sergipe, no leito do rio São Francisco, no intervalo das gravações da trama.

Segundo informações de pessoas que se encontram no local, Domingos teria ido tomar um banho no rio após o almoço e não mais voltou. Ele estava acompanhado da atriz Camila Pitanga, que não se feriu.

Antes disso, outra perda ao longo da produção foi a do veterano ator Umberto Magnani, que vivia o Padre Romão.

Ele passou mal durante as gravações de Velho Chico e foi internado, sendo submetido a uma cirurgia em decorrência de um acidente vascular encefálico. Mas não resistiu e morreu no dia 27 de abril de 2016.

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