A equipe da novela Império fez três viagens para gravar as cenas iniciais da trama. A primeira delas foi para Genebra, na Suíça, onde gravaram mais de 30 cenas, com a participação dos atores Chay Suede e Adriana Birolli.
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Foram duas semanas de gravação, especialmente na parte antiga de Genebra e em torno do lago Léman. Na história, as cenas na Suíça narram o encontro de Maria Marta (Adriana Birolli/Lilia Cabral) e José Alfredo (Chay Suede/Alexandre Nero) – ele em sua primeira viagem internacional.
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Logo depois, parte da equipe seguiu para Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, muito frequentada pelo autor Aguinaldo Silva. Foi dele a ideia de ter algumas imagens gravadas por lá. Cerca de 25 cenas foram feitas na cidade, contando com atores como Jonas Torres, Alexandre Nero, Daniel Rocha, Lilia Cabral, entre outros. O diretor Rogério Gomes gravou especialmente no centro da cidade, nas principais ruas e na Catedral de Petrópolis.
Ao contrário do que muita gente pensa, Império não foi gravada no Monte Roraima. Para recriar grande parte dos takes de garimpo da história, Rogério Gomes buscou locações em Carrancas, no interior de Minas Gerais. “Estou muito acostumado a gravar em Carrancas. Conheci o lugar há 30 anos. Fiquei 10 dias escolhendo locações”, conta o diretor.
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Mais de 120 pessoas da equipe viajaram durante quase 20 dias para gravações em cachoeiras, grutas e fazendas. Do Rio, saíram três caminhões, dois ônibus e cinco veículos grandes. Ao todo, foram quase 50 cenas, entre elas uma grande operação para prender garimpeiros, que contou com 70 figurantes. Viajaram para Carrancas os atores Lilia Cabral, Alexandre Nero, Andreia Horta, Chay Suede, Reginaldo Faria, entre outros.
Cenografia naturalista
Assim como a narrativa de Império, a cenografia da novela é naturalista. Busca, da melhor maneira possível, a veracidade dos ambientes. Para o núcleo principal, a cenógrafa Anne Bourgeois adianta que José Alfredo (Alexandre Nero), Maria Marta (Lilia Cabral) e seus três filhos moram numa enorme cobertura. “Todos os ambientes são minimalistas, com tons frios e impessoais. As cores são sóbrias, como branco, preto e cinza”, diz a cenógrafa.
Os cenários têm o perfil da personalidade de José Alfredo, já que Maria Marta, na verdade, não mora nesta casa, e sim em uma mansão em Petrópolis, na região serrana. Por conta disso, o casal tem uma particularidade neste apartamento: cada um tem o seu dormitório, que são interligados por um corredor interno. Já a mansão de Petrópolis, onde Maria Marta vive o seu “exílio”, as cores são mais vivas e a casa conta com um toque mais pessoal e feminino.
Como de costume em novelas do autor Aguinaldo Silva, Império conta também com uma cozinha de destaque na trama. É o cenário do personagem Vicente (Rafael Cardoso), chef do restaurante de Enrico Bolgari (Joaquim Lopes), filho de Claudio Bolgari (José Mayer). É uma cozinha extremamente moderna, industrial e funcional, com toda a estrutura necessária para um restaurante que conta com um fluxo intenso de clientes. E todos os itens deste cenário funcionam de verdade.
O salão de Xana Summer (Aílton Graça), localizado em Santa Teresa, também recebeu toques especiais. É um espaço bem regional, típico de bairro. No meio do ambiente, há uma conversadeira, uma espécie de mesa redonda, onde as manicures vão fazer as unhas das clientes de forma integrada. “A paleta de cores é alegre e bem colorida, mas os tons não são muito fortes”, detalha Anne.
Ao todo, Império contou com cerca de 70 ambientes. A cidade cenográfica teve em torno de 20 prédios e duas frentes de cenários: Santa Teresa e Camelódromo.