Há exatamente dois anos, no dia 23 de janeiro de 2019, Vanderson Brito deixava o BBB19 para prestar depoimento em inquérito instaurado após denúncias feitas contra o participante.
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Na manhã daquela quarta-feira, a delegada Rita Salim, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (DEAM), no Rio de Janeiro (RJ), esteve nos Estúdios Globo para intimar o biólogo e coordenador educacional indígena, então com 35 anos.
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Como teve que sair para prestar os esclarecimentos e teve contato com o mundo exterior, ele deixava a competição. “Nosso participante, Vanderson, teve que sair da casa para lidar com assuntos pessoais. Ele teve contato com mundo exterior: pessoas e notícias. Isso impossibilita que ele volte para o confinamento. Por isso, ele está desclassificado. A gente comunicou à casa logo que ele saiu”, declarou Tiago Leifert no programa daquele dia.
Natural do Acre, Vanderson viu sua vida virar de cabeça para baixo após a denúncia, feita por uma ex-namorada, de que teria sofrido agressão física e psicológica. Também foram feitos boletins de ocorrência com acusasses de importunação sexual, estupro e violência doméstica.
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Nos meses seguintes ao fato, Vanderson se defendeu das acusações. Todas as denúncias foram arquivadas por falta de provas.
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Ações judiciais
Para tentar reparar os danos materiais e morais em virtude de ter deixado o programa, o ex-participante entrou com 19 ações judiciais, incluindo 16 usuários de redes sociais que o ofenderam, um canal do YouTube que divulgou um vídeo que identificava falsamente Vanderson em uma cena de violência e um veículo de comunicação.
“Em razão dos prejuízos que essas falsas denúncias, veiculações de fake news, vídeos com outras pessoas apontando que era ele, então, essas pessoas que fizeram isso, serão processadas. Além do estado do Rio de Janeiro, em razão da forma como ele foi obrigado a sair do programa. A gente entende que houve uma postura exacerbada das autoridades públicas e o estado tem que ser responsabilizado pelos atos dos seus prepostos”, explicou o advogado Roberto Barreto ao G1.
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Tribunal da internet
Em entrevista à Maurício Stycer, do UOL, Vanderson contou muito do que passou naquela época. Ele ressaltou que foi desclassificado, não expulso, por descumprir a regra de contato com o mundo exterior, mesmo com a produção insistindo para que a delegada o ouvisse dentro da casa, num espaço reservado.
“Lembrando que não havia nenhum tipo de processo contra mim. Foram abertos inquéritos”, enfatizou, ressaltando que, quando aconteceram as denúncias, o barulho foi enorme na imprensa e nas redes sociais, mas, depois, quando foi absolvido, “o espaço foi mínimo”.
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“De repente, ter milhares de pessoas que nunca me viram na vida, me viram por uma telinha por alguns dias, e já achavam que sabiam tudo da minha vida e podiam falar o que quisessem. Isso afetou a minha família, meu trabalho. Foi bem complicado. Li tudo, de ameaças de morte a coraçõeszinhos, declarou, sobre a “condenação” que sofreu pelo que chamou de “Tribunal da internet”.
“Se eu não tivesse participado do BBB, tenho certeza absoluta que essas coisas não teriam acontecido. (…) Até hoje me perguntou por que isso aconteceu”, destacou.
No entanto, ele disse que participaria novamente do programa. “Sem dúvida, participaria do BBB de novo. Mais maduro. Hoje tenho uma noção melhor de internet”, concluiu.