No último dia 5 de agosto, o Brasil perdeu o talento e a genialidade de Jô Soares. O humorista, que enfrentava problemas de saúde há alguns anos, fez um último pedido antes de partir.
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Ex-mulher do apresentador, Flavia Pedras Soares revelou ao blog de Juca Kfouri, hospedado no UOL, que Jô fez uma solicitação especial aos médicos enquanto estava internado no Hospital Sírio-Libanês.
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Ao ser questionado pelos profissionais de saúde se havia alguma visita que não gostaria de receber, ele foi enfático:
“Só o Bolsonaro”, disse, respondendo na lata”.
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Dessa forma, muita gente comentou nas redes sociais: “Jô Soares puxou um ‘ele não’ até em seu leito de morte”.
Cartas abertas
Sem medo de se posicionar, Jô sempre foi crítico aos governantes brasileiros. Com Bolsonaro, travou algumas batalhas através da imprensa, incluindo o envio de cartas abertas para o atual presidente, repletas de ironias, inclusive em francês.
Nesses artigos, Jô Soares explicou ao presidente o que era o nazismo, fez piada com um possível confronto entre o Brasil e os Estados Unidos, que foi alardeado por Bolsonaro em certa ocasião, e criticou a obsessão do mandatário pelo kit utilizado para tratar a Covid-19.
Mesmo com esses conflitos, Bolsonaro lamentou a morte do humorista em seu perfil no Twitter:
“Independentemente de preferências ideológicas, Jô Soares foi uma grande personalidade brasileira que conquistou a todos com seu modo cômico de discutir assuntos profundos. Que Deus conforte a família e o acolha com a cordialidade que o próprio Jô recebia a todos”, escreveu.
